Será assinada nesta quinta-feira (28) a Declaração de Brasília pelos Ministros da Defesa das Américas, documento que marcará o término da 15ª Conferência de Ministros da Defesa das Américas, realizada na capital do Brasil desde terça-feira (26).
A declaração aponta os temas que serão estudados nos próximos Grupos de Trabalho, as conclusões dos debates e o compromisso dos Estados-Membros no âmbito das Conferências.
O país-sede do evento é alternado a cada dois anos, e o Brasil, com o ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, foi o anfitrião do biênio 2021/2022.
Durante a conferência, na terça-feira, o chefe da pasta brasileira disse que respeita a Carta Democrática Interamericana, documento que determina que os países devem ter governos democráticos e que todos fortaleçam a ordem democrática na região. “Da parte do Brasil, manifesto respeito à carta da Organização dos Estados Americanos, OEA, e à Carta Democrática Americana, e seus valores, princípios e mecanismos”, afirmou o ministro.
O terceiro artigo do documento diz que são elementos essenciais da democracia, entre outros, a “celebração de eleições periódicas, livres, justas e baseadas no sufrágio universal e secreto como expressão da soberania do povo”.
No mesmo dia, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, afirmou que as Forças Armadas devem trabalhar sob “controle firme de civis”.
“Acreditamos que todo o hemisfério Sul pode ser seguro, próspero e democrático. Uma dissuasão integrada significa trabalhar em uma rede de parceiros, que as Forças estejam sempre prontas, sob controle firme de civis e que os ministros sirvam de forma transparente e sem corrupção”, disse.
Austin também falou que a região vive um “momento complexo de segurança” e que é necessário “espírito renovado de compromisso com a democracia, símbolo das Américas”.