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Sindiposto: administradoras de máquinas de cartões deram milhões de prejuízos em Goiás

de admin

Uma companhia empurra a responsabilidade para a outra e o dinheiro sumiu, conforme Márcio Andrade

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Goiás (Sindiposto), Márcio Andrade, disse ao Mais Goiás que duas credenciadoras de cartões de débito e crédito (adquirente e subadquirente) geraram mais de R$ 5,7 milhões de prejuízos em 17 postos de combustíveis no Estado, por meio apropriações indevidas. De acordo com ele, pequenos, médios e até grandes empresários foram envolvidos em uma “cilada”.

“Duas empresas, uma adquirente e uma subadquirente, foram envolvidas em uma ação judicial, onde tiveram seus recursos bloqueados. A Justiça, corrigindo isso, desbloqueou esses valores e, após isso, essas empresas se viram no direito de não repassar os valores devidos para os pequenos comerciantes, postos de combustíveis… Enfim, todos os segmentos do varejo estão sem receber os valores devidos de vendas realizadas através dos cartões”, detalhou.

Segundo ele, uma companhia empurra a responsabilidade para a outra e o dinheiro sumiu. “De fato não chegou a quem deveria chegar, que é o empresário. Isso gera grande prejuízo com empresas podendo quebrar ou tendo que recorrer a dinheiro de empréstimos com juros altíssimos, além da possibilidade de fechamentos, perda de emprego e geração de renda para o nosso País. Estamos vendo uma situação nunca vista antes, onde vendas de cartões de crédito, que até então eram consideradas seguras, se mostraram totalmente inseguras.”

Vale citar, essa empresa foi alvo da Operação Concierge, da Polícia Federal (PF), em 29 de agosto do ano passado. A ação investigava um suposto esquema de lavagem de dinheiro e resultou, à época, em 17 prisões e bloqueios de contas de 200 pessoas físicas e jurídicas, entre elas, uma das empresas de transações financeiras.

Mais Goiás procurou as duas empresas por e-mail. Uma delas informou que “cumpriu integralmente as obrigações de liquidação de subadquirência (…), mediante pagamento na conta da empresa dos valores referentes aos últimos dois dias antes do encerramento da operação”. Disse, ainda, que “isso significa que não há retenção de dinheiro e que todos os valores remanescentes (…) foram transferidos à Justiça Federal, fato comprovado nos autos” e quem deve responder é a outra instituição.

Ainda não houve retorno da outra companhia procurada.

Empresário de Goiás no prejuízo

Um empresário goiano informou ao portal que tem cinco postos no Estado e teve prejuízo de quase R$ 2 milhões. Segundo ele, nada vendido na modalidade crédito entre 31 de julho e 28 de agosto foi recebido. “Comecei a trabalhar com outra maquininha e estou tendo que pagar taxas muito altas, pois como todo o capital de giro foi perdido, estou tendo que antecipar. Ou seja, em vez de receber o que foi vendido em cartão de crédito em 30 dias, estou pagando uma taxa extra para receber em um dia”, lamentou.

Segundo ele, os advogados de várias vítimas pelo País estimam que o prejuízo é de quase R$ 500 milhões. “Só no Paraná, o Sindicato dos Postos levantou que o calote foi de cerca de R$ 80 milhões.”

Por Mais Goiás

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