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Pais fazem ato contra fim do período integral em CMEIs de Aparecida

de admin

Pais e responsáveis de crianças que estudam em Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) em Aparecida de Goiânia vão fazer um ato contra o fim do atendimento em período integral nas unidades. A mudança foi anunciada pela prefeitura no final do ano passado e já vale para o primeiro semestre de 2025. Assim, os locais funcionarão apenas em meio período para crianças entre 4 e 5 anos. A gestão de Leandro Vilela diz que trabalha para acabar com o déficit de 9 mil vagas na Educação Infantil.

A mudança não agradou principalmente às mães que trabalham fora e dependem do serviço integral. A manifestação acontecerá na porta da Defensoria Pública do Estado de Goiás, no Setor Araguaia, em Aparecida, às 14h desta quarta-feira (8). O objetivo é que prefeitura revogue o ato que retira o agrupamento IV e V, estudantes de 4 e 5 anos, do regime integral. Além disso, eles entraram com uma Ação Civil Pública e realizaram um abaixo assinado com mais de 1,5 mil assinaturas.

Mães não sabem como vão trabalhar sem CMEIs integrais em Aparecida

Para Anna Júlia Reis, que tem um filho matriculado na rede municipal de ensino de Aparecida, se não for revogada a decisão que acaba com o período integral na turma do filho, ela ficará desempregada. “Sair do serviço e fazer bico porque o patrão não aceita levar criança e não tenho condições de pagar babá”, desabafa. Ela conclui falando da decisão da prefeitura foi “desonesto com as mamães”.

Luciana Alves, que mora na Vila Del Fiori, tem duas crianças, uma de 1 ano e 6 meses que vai para o agrupamento 2 e outra de 3 anos que vai para o agrupamento 4. “Eu trabalho dia todo, sábado e alguns domingos, ou seja, eu não consigo levar minha filha de manhã e buscar às 11 horas”, explica. “Eu estou desesperada! Se eu pedir conta, quem vai sustentar a minha família? Outra situação, se eu trabalhar meio período, a empresa vai aceitar eu receber o salário que eu ganho? Como vamos fazer? Só vai aumentar o desemprego para quem realmente precisa, para aquelas mães que levantam cedo e correm atrás”, concluí.

Nayara Santos Dutra tem duas crianças que frequentam um CMEI em Aparecida e diz que neste ano uma das filhas ficaria no período integral. Com a mudança, ela não sabe o que vai fazer do serviço. “E com isso, metade do meu salário ficaria comprometido, porque eu teria que pagar uma pessoa para pegar ela no CMEI, no horário estipulado, e ficar o meio período até eu retornar do trabalho”.

A mãe ainda denuncia que o aviso do fim do período integral foi feito sem que os pais tivessem tempo para se planejar. “Achei essa decisão da prefeitura totalmente desrespeitosa. Um desrespeito total, deixando os pais sem ter o que fazer, sem ter para onde correr e, se era uma decisão que necessitava ser tomada, tinha que ser tomada lá no começo do outro ano, para que os pais tivessem tempo de se organizar”, afirma Nayara Santos.

Em dezembro de 2024, a prefeitura de Aparecida fez o anúncio de que a partir de 2025 o atendimento nos CMEIs será apenas em meio período para crianças entre 4 e 5 anos. Na época, a administração municipal disse que a decisão foi tomada em conjunto com a equipe de transição e que visava reduzir o número de vagas de espera.

Confira nota da Prefeitura de Aparecida

A nova gestão da prefeitura de Aparecida e o prefeito Leandro Vilela, tem o compromisso de zerar o déficit de vagas nos Cmeis, por meio da ampliação das unidades existentes, construção de novas unidades e do vale-creche, mas diante da situação calamitosa que se encontra o caixa do município, a gestão atual estuda meios de como criar o maior número de vagas possíveis já nestes primeiros dias, antes do início do ano letivo. Informa ainda que gestão anterior, de Vilmar Mariano, deixou ao longo do ano 9 mil crianças de seis meses a 5 anos fora dos CMEIs.

Por Mais Goiás

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