“Motivação do crime foi o extremismo político”

A Polícia Federal (PF) concluiu que o homem que se explodiu em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), em 13 de novembro de 2024, na Praça dos Três Poderes, em Brasília (DF), agiu sozinho. Francisco Wanderley Luiz tinha ido ao STF em agosto do passado. Ele era chaveiro e foi candidato a vereador pelo PL em Santa Catarina.
Mas sobre a conclusão da PF, ela consta em nota divulgada nesta terça-feira (29). “As investigações apontam que o autor, Francisco Wanderley Luiz, agiu sozinho, sem participação ou financiamento de terceiros, e que a motivação do crime foi o extremismo político”, ainda conforme o texto, “foram utilizados diversos meios de prova, com destaque para a análise das comunicações e dos dados bancários e fiscais; exames periciais em todos os locais vinculados aos fatos; reconstituição cronológica das ações do autor antes e durante o atentado; além da oitiva de mais de uma dezena de testemunhas”.
A Polícia Federal encaminhou as conclusões da investigação para o Supremo Tribunal Federal.
“A Polícia Federal reafirma seu compromisso com a defesa da sociedade e com a preservação do Estado Democrático de Direito e de suas instituições e segue vigilante e preparada para responder, com rigor técnico, imparcialidade e eficácia a quaisquer ameaças à ordem constitucional do país”, finaliza a nota.
Quem era Francisco Wanderley Luiz
Francisco tinha 59 anos e era natural de Santa Catarina. Ele era conhecido por ‘Tiu França’ e foi candidato ao cargo de vereador da cidade de Rio do Sul pelo PL, em 2024. Nas redes sociais, o homem fazia constantes críticas ao STF e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Wanderley estava morando em Ceilândia, cidade satélite do DF, há alguns dias. Segundo levantamentos à época, o autor do atentado teria alugado a residência para planejar o crime. Após as explosões, o homem foi encontrado com um timer na mão e artefatos suspeitos em um cinto que usava.
Por Mais Goiás