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“Ele tem idade avançada e trata-se de um ex-presidente”, disse Celina Leão
Foto: Agência Brasil
A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP), afirmou nesta segunda-feira (11) que o Complexo Penitenciário da Papuda não tem condições de receber Jair Bolsonaro, condenado a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado. Segundo ela, o estado de saúde do ex-presidente exige cuidados especiais que o presídio não pode oferecer.
“Ele precisa de uma dieta especial, tem idade avançada e trata-se de um ex-presidente. Se for bem cuidado, vai ter uma vida prolongada”, disse Celina. A vice-governadora reforçou que a estrutura da Papuda não é adequada para abrigar Bolsonaro. “Não temos condições de preparar uma comida especial de que ele necessita por causa das cirurgias. E, mesmo nas áreas mais isoladas, as condições não são apropriadas para um ex-presidente”, completou.
Celina Leão é aliada política da família Bolsonaro e amiga da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Em maio, ela chegou a participar de um ato pró-anistia em Brasília ao lado do casal. Já em agosto, esteve na casa onde o ex-presidente cumpre prisão domiciliar preventiva, por outro processo que apura tentativa de obstrução do julgamento da trama golpista.
Na última sexta-feira (7), a Primeira Turma do STF rejeitou por unanimidade um recurso da defesa contra a condenação de Jair Bolsonaro. O julgamento no plenário virtual segue até o dia 14, e só após o trânsito em julgado o ex-presidente poderá começar a cumprir a pena.
O local onde Bolsonaro ficará preso será definido pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do processo no Supremo Tribunal Federal. A expectativa é que ele seja encaminhado para uma cela na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, que passou por reformas recentes para recebê-lo.
Na semana passada, a Secretaria de Administração Penitenciária do DF enviou um pedido ao STF para que o ex-presidente fosse submetido a avaliação médica, a fim de verificar se teria condições de cumprir pena na Papuda. No entanto, Alexandre de Moraes mandou excluir a petição dos autos, por entender que ela não tinha relação direta com a ação penal 2668, referente à tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022.
