Ele estava detido na Superintendência da Polícia Federal em Alagoas

O ex-presidente e ex-senador Fernando Collor, preso na madrugada desta sexta-feira (25), em Maceió, após uma determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi transferido para o para ala especial do Presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, no município, após audiência de custódia. Antes detido na Superintendência da Polícia Federal em Alagoas, ele ficará em regime fechado, em cela individual.
A audiência ocorreu por videoconferência na sede da Polícia Federal (PF), na capital alagoana. A defesa chegou a pedir prisão domiciliar, com apresentação de um atestado médico assinado por um neurologista. Contudo, o relator do caso, o ministro Alexandre de Moraes, é quem analisará a questão.
“Em relação a esse pedido, não tenho delegação para decidi-lo. É o ministro relator quem irá decidir. Minha delegação é restrita a essa audiência de custódia”, disse o juiz auxiliar do ministro, Rafael Henrique Janela Tamai Rocha. Na ocasião, o ex-presidente também foi questionado sobre onde preferia ficar preso (Alagoas ou Brasília). Ele se manifestou por Maceió.
A prisão ocorreu enquanto o ex-senador se preparava para viajar até Brasília, onde pretendia se apresentar voluntariamente à Polícia Federal para iniciar o cumprimento da pena.
Prisão de Collor
Fernando Collor foi preso após ser condenado a oito anos e dez meses de prisão em regime fechado por envolvimento em um esquema de corrupção na BR Distribuidora, revelado durante as investigações da Operação Lava Jato. Segundo a decisão judicial, o ex-presidente teria recebido cerca de R$ 20 milhões em propinas. Em troca, ele atuaria para favorecer contratos entre a estatal e a empresa UTC Engenharia, especialmente para a construção de bases de armazenamento e distribuição de combustíveis.
A ordem de prisão imediata foi emitida por Moraes após a rejeição do segundo recurso apresentado pela defesa do político, esgotando as possibilidades de contestação na esfera judicial. Conforme os advogados de Collor, o ex-presidente foi abordado por agentes federais por volta das 4h da manhã e conduzido à Superintendência da Polícia Federal na capital alagoana. A expectativa é de que ele seja transferido para Brasília ainda hoje para iniciar o cumprimento da pena determinada pelo STF.
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