O policial responderá por extorsão e concussão
Um sargento da ativa da Polícia Militar de Goiás (PMGO) foi preso na noite de terça-feira (15/04), em Goiânia, após exigir R$ 20 mil para não forjar a prisão de um jovem e da namorada dele pelo crime de tráfico de drogas. O policial responderá por extorsão e concussão.
O caso foi descoberto após denúncia da própria vítima, que foi até a Central Geral de Flagrantes (CGF) de Goiânia juntamente com um advogado. No momento da denúncia, o jovem recebeu chamadas de áudio do militar e mostrou para o delegado Humberto Teófilo como as ameaças estavam acontecendo.
Na ligação, o policial exigiu que o jovem pagasse R$ 20 mil e marcou um local de encontro para receber a quantia. Foi neste momento que agentes da Polícia Civil conseguiram prender o PM em flagrante.
Quando foi abordado, o militar estava sem farda, mas armado com uma pistola. Ele usava uma motocicleta descaracterizada, pertencente à corporação.
“É triste a gente anunciar esse tipo de situação, pois trata-se de um integrante de uma corporação coirmã da Polícia Civil, mas o que nós constatamos é que este militar afirmou para o jovem que se ele não repassasse o valor exigido, iria simular um flagrante e prendê-lo por tráfico e associação. Mesmo em se tratando de um policial, nós não podemos aceitar esse tipo de situação, pois temos que dar exemplo, e sabemos que a maioria esmagadora dos integrantes da segurança pública de Goiás são honestos e estão combatendo o crime porque amam a profissão. Por isso, jamais iremos tolerar aqui qualquer tipo de desvio de conduta”, descreveu Humberto Teófilo.
Jovem ameaçado já vendeu drogas para o militar
Na denúncia que fez na CGF de Goiânia, o jovem vítima de extorsão contou que foi preso por tráfico em 2024, e que já havia vendido drogas ao PM, que, de alguns dias para cá, passou a ameaça-lo. A identidade do sargento, que é lotado no Comando de Apoio Logístico e Tecnologia (CALTI), não foi revelada. O policial detido foi autuado por extorsão. Uma equipe da Corregedoria da PM acompanhou a prisão, mas a corporação ainda não se pronunciou
sobre o caso. O espaço está aberto.
Por Mais Goiás
