O Congresso Autismo Sem Fronteira ocorrerá nos dias 26 e 27 de abril de 2025

Goiânia será palco de um dos eventos mais esperados sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA): o Congresso Autismo Sem Fronteira, que ocorrerá nos dias 26 e 27 de abril de 2025, no Centro de Convenções. O congresso reunirá especialistas renomados e trará os mais recentes avanços científicos sobre o tema, com destaque para a participação do cientista brasileiro Alysson Muotri, reconhecido mundialmente por suas pesquisas inovadoras com organoides cerebrais, popularmente chamados de “mini cérebros”.
Muotri, que lidera o Muotri Lab na Universidade da Califórnia, em San Diego (EUA), é pai de uma criança autista e estará à frente de uma das palestras mais aguardadas do evento: “Avanços no entendimento e tratamento do TEA usando organoides cerebrais humanos.” O trabalho busca desvendar as causas do autismo e explorar possíveis tratamentos para a condição, que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.
Ida ao espaço
Entre o final de 2025 e o início de 2026, Muotri embarcará em uma missão histórica da NASA, tornando-se um dos primeiros cientistas e o segundo brasileiro a viajar para o espaço. A bordo do foguete Falcon 9, da SpaceX, ele e sua equipe levarão organoides cerebrais para a Estação Espacial Internacional (ISS). O objetivo é estudar a progressão de doenças neurológicas, como o autismo e o Alzheimer, em um ambiente de microgravidade, que acelera o envelhecimento celular. Isso permitirá que os cientistas observem em dias processos que levariam décadas para ocorrer na Terra.
Diferente de missões anteriores, esta será a primeira vez que pesquisadores estarão presentes para realizar testes manuais nos organoides. A equipe testará fármacos e bioativos da Floresta Amazônica, em busca de substâncias que possam oferecer neuroproteção e novas possibilidades terapêuticas para o TEA e outras condições neurológicas.
Minicérebros
Os “mini cérebros” são organoides cerebrais, que são estruturas orgânicas criadas em laboratório para simular partes do cérebro humano, como o córtex e o tálamo. Esses organoides são usados para estudar o sistema visual humano, onde mini retinas são criadas e conectadas a esses organoides para simular como os estímulos visuais são processados.
O objetivo é entender como o córtex reage a esses estímulos, se ele se torna um córtex visual, como ele é alterado e se é capaz de armazenar memórias visuais. Esses mini cérebros são cultivados e mantidos em sistemas autônomos.
Por Mais Goiás