Descoberta foi feita por um caçador de fósseis amador durante uma caminhada nas falésias de Stevn, ao sul de Copenhague
Um museu dinamarquês anunciou na segunda-feira, 27, a descoberta de vômito fossilizado de aproximadamente 66 milhões de anos, uma descoberta considerada crucial para a reconstituição de ecossistemas passados.
“Este tipo de descobertas (…) são muito importantes para a reconstrução de ecossistemas passados, pois fornecem informações importantes sobre o que os animais comiam”, afirmou o Østsjællands Museum.
A descoberta foi feita por um caçador de fósseis amador durante uma caminhada nas falésias de Stevn, ao sul de Copenhague. Este homem, identificado como Peter Bennicke, encontrou alguns fragmentos incomuns, que levou ao museu para serem examinados, e descobriu-se que eram lírios marinhos.
Segundo especialistas, o vômito fossilizado é composto por pelo menos duas espécies diferentes de lírios do mar que foram devorados por um peixe que regurgitou as partes indigestas.
“Esta é uma descoberta verdadeiramente incomum, que esclarece a relação entre predadores e presas no período Cretáceo (que começou há 145 milhões de anos e terminou há 66 milhões de anos)”, declarou o paleontólogo Jesper Milín, citado num artigo. Este período remonta à época em que os dinossauros vagavam pela Terra.
“Os lírios do mar não são uma dieta particularmente nutritiva (…) mas descobrimos que um animal, provavelmente algum tipo de peixe, há 66 milhões de anos, comia lírios do mar”, sublinhou ele. /AFP
Por Estadão