Gesto gerou críticas nas redes sociais por ter sido considerado uma saudação nazista
O presidente argentino, Javier Milei, firme defensor do Estado de Israel e muito próximo ao judaísmo, defendeu o seu “querido amigo” Elon Musk, proprietário da X e da Tesla, que fez um gesto aos seguidores do presidente norte-americano Donald Trump após sua posse, considerado por muitos como uma saudação nazista.
O bilionário “foi injustamente vilipendiado pelo wokismo nas últimas horas por um gesto inocente que nada mais significa do que (…) sua gratidão ao povo”, disse ele na quinta-feira, 23, no Fórum Econômico Mundial, que ocorre na cidade suíça de Davos. A cultura “woke”, citada pelo presidente, é um termo político que descreve percepção e consciência das questões relativas à justiça social e racial, políticas liberais ou de esquerda, criticadas por políticos de direita.
O presidente libertário elogiou Musk e outros líderes de ideologias semelhantes à sua, como Trump, o salvadorenho Nayib Bukele, o israelense Benjamin Netanyahu, a italiana Giorgia Meloni e o húngaro Viktor Orbán.
“Lentamente, foi se formando uma aliança internacional de todas aquelas nações que queremos ser livres e que acreditamos nas ideias de liberdade”, afirmou.
Segundo Milei, até mesmo fóruns como o de Davos “têm sido protagonistas e promotores da agenda sinistra do wokismo que tanto mal está fazendo ao Ocidente”.
Mas “o que parecia uma hegemonia absoluta em nível global da esquerda woke na política, nas instituições educacionais, nos meios de comunicação, em organismos supranacionais ou em fóruns como Davos, foi se fragmentando e começa a surgir uma esperança para as ideias de liberdade”, insistiu./AFP
Por Estadão