Maria Corina Machado é a principal líder da oposição da Venezuela e estava escondida desde agosto do ano passado
A engenheira, professora e ex-deputada Maria Corina Machado, principal líder da oposição da Venezuela, ignorou o risco de ser presa e saiu de seu esconderijo para participar de protestos em Caracas nesta quinta-feira (9).
As manifestações se acenturaram no país porque está marcada para sexta (10) a posse do presidente Nicolas Maduro para um novo mandato de seis anos (o terceiro), apesar das evidências de que ele perdeu a eleição. Maria Corina apelou aos seus apoiantes para que se manifestassem em toda a Venezuela a fim de o forçar a abandonar o cargo.
A opositora não era vista em público desde que apareceu no último grande protesto da oposição, em agosto do ano passado. Daquela vez, a participação dela também foi repentina e sem aviso prévio.
Corina, ex-deputada, venceu as primárias presidenciais da principal coligação da oposição no ano passado. Mas o Supremo Tribunal de Justiça, controlado por Maduro, a proibiu de concorrer ao cargo. A sua coligação escolheu então o diplomata reformado Edmundo González como candidato suplente de última hora para as eleições de 28 de julho.
A campanha de Corina e González recolheu os boletins de voto de mais de 85% das máquinas de voto eletrónico e os disponibilizou online, com objetivo de mostrar que González tinha vencido as presidenciais venezuelanas com o dobro dos votos de Maduro. No entanto, autoridades leais ao presidente declararam-no reeleito.
O Centro Carter, com sede nos EUA, convidado pelo governo de Maduro para observar as eleições, afirmou que as folhas de contagem publicadas pela oposição são legítimas.
Por Mais Goiás