Sete foram presos em ação deflagrada em Aparecida que também investiga lavagem de dinheiro
Com Aulus Rincon
A Polícia Civil de Goiás prendeu sete pessoas em operação que investiga um grupo suspeito de explorar jogos de azar e lavar dinheiro, nesta manhã de quinta-feira (9), em Aparecida de Goiânia. Os alvos, que atuavam no município, mas também em Goiânia e Formosa da Serra Negra (MA), já teriam movimentado R$ 20 milhões.
Durante a operação, os policiais também cumpriram 38 medidas cautelares, entre elas, nove mandados de buscas domiciliares e 21 sequestros de veículos e bloqueios de contas bancárias. Foram apreendidos carros de luxo e máquinas de jogos de azar, que foram levados à 3ª Delegacia de Polícia de Aparecida de Goiânia, junto com os detidos.
A corporação, contudo, monitora os suspeitos há 11 meses, desde que duas máquinas caça-níqueis foram apreendidas em um comércio de Aparecida. À época, o proprietário mostrou contratos com a empresa de jogos. E, ainda, notas dos equipamentos, além de um documento oficial fraudado da Polícia Civil para tentar comprar a legalidade.
Depois disso, a polícia apreendeu cerca de 100 máquinas semelhantes na região metropolitana de Goiânia nas mesmas situações. Com isso, os investigadores constataram a existência de uma associação criminosa sofisticada que atuava na exploração de jogos de azar e lavagem de dinheiro.
Para isso, o grupo utilizava uma empresa de fachada que instalava equipamentos para acesso à internet. Os dispositivos, na verdade, eram máquinas caça-níqueis.
Ex-advogado que seria o chefe do esquema criminoso está foragido
Além dos sete presos, a Polícia Civil procura por um ex-advogado que, segundo investigações, seria um dos líderes da organização criminosa. Conforme o delegado Thiago Cesar de Oliveira, o homem, que é bastante conhecido em Goiânia e tinha um escritório no setor Marista, está envolvido com jogos de azar há vários anos e teria fugido para outro Estado.
“Já temos algumas informações e, em breve, ele também deve estar na cadeia, junto com os outros investigados que encontramos hoje”, declarou. O nome do advogado, assim como dos outros investigados, não foi revelado.
Durante a ação desencadeada nesta quinta, os agentes da 3ª Delegacia de Polícia de Aparecida de Goiânia apreenderam 70 máquinas caça-níqueis em uma casa de luxo no Jardim Nova Era, em Aparecida de Goiânia. O imóvel, segundo as investigações, era usado tanto para montar, como para realizar a manutenção dos equipamentos. Um dos presos na operação era um homem que tomava conta do local.
Por Mais Goiás