Informação é do delegado Daniel Oliveira, que participa de investigação contra clínica de estética da influenciadora Karine Gouveia
Uma das 24 vítimas que já procuraram a Polícia Civil após terem os rostos deformados durante procedimentos realizados em uma famosa clínica de estética de Goiânia, tentou tirar a própria vida duas vezes. A informação foi repassada pelo delegado Daniel Oliveira, adjunto do 4º Distrito Policial de Goiânia, e responsável pelas investigações.
Segundo o policial, a maioria das vítimas que já procuraram a polícia afirmaram que não tem condições financeiras de reparar os erros, e muitas delas ficaram com sequelas irreversíveis. “São vários os casos de pacientes que estão com depressão, e que não tem dinheiro sequer para pagar pelos medicamentos controlados que foram obrigadas a usar após os procedimentos. O mais grave, que já chegou a nosso conhecimento, porém, é o de uma mulher que, segundo familiares, tentou se matar em duas oportunidades, após ficar com sequelas irreversíveis depois de ser atendida na clínica”, descreveu Daniel Oliveira.
Donos da clínica, a influenciadora Karine Gouveia, e o marido dela, Paulo César Dias Gonçalves, foram presos temporariamente, por 30 dias, nesta quarta-feira (18/12). Ao afirmar que as acusações são infundadas, e as prisões desnecessárias, o advogado Tito Amaral, que representa o casal, afirmou que irá solicitar a soltura deles durante a Audiência de Custódia, prevista para acontecer na quinta-feira (19/12).
Bloqueio de bens
Além dos quatro mandados de prisões, e sete de buscas e apreensões, a justiça também decretou, a pedido da Polícia Civil, bloqueio de R$ 2,5 milhões em contas e bens do casal responsável pela clínica, e da parte que Paulo César Dias Gonçalves tem em um helicóptero, avaliado em R$ 8 milhões. A intenção da polícia, segundo Daniel Oliveira, é que os valores bloqueados sirvam para ressarcir as vítimas, que precisarão se submeter a outros procedimentos.
A previsão do delegado é que casa vítima seja indenizada, também por danos morais, com pelo menos R#$ 100 mil. Algumas delas relataram que ao procurarem a clínica para reclamar pelos danos causados após o procedimento, teriam sido obrigadas por Paulo César Dias Gonçalves a assinar documentos garantindo sigilo sobre o procedimento, para que pudessem corrigir possíveis erros, sem custo.
Por Mais Goiás