Atlas dos Remanescentes de Vegetação Nativa vai servir como base para aperfeiçoar políticas públicas do Governo de Goiás
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) lança, nesta terça-feira (10), a primeira etapa do mais completo mapeamento de remanescentes de Cerrado já feito no planeta para uma área tão grande quanto a de um Estado. O projeto está sendo executado em parceria com Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (Lapig) da UFG
O estudo recebeu o nome de ‘Atlas de Remanescentes de Vegetação Nativa de Goiás’ e será entregue em seis etapas – a primeira delas no dia 10 de dezembro de 2024 e as outras, a cada intervalo de três meses. Cada etapa corresponde a uma bacia. A primeira é a do Meia Ponte e dos Bois. Na sequência, virão: 2) Médio Tocantins e Paranã, 3) Alto Araguaia e Rio Vermelho, 4) Paranaíba, 5) Médio Araguaia, e 6) Almas, São Francisco e Corumbá.
“O Atlas servirá de base para a Semad melhorar a prestação de serviço para a população e para nortear a execução de novos projetos, programas e ações”, afirma a secretária de Estado de meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Andréa Vulcanis. “Esse banco de dados vai, por exemplo, acelerar a análise de pedidos de licenciamento para supressão, tendo em vista que a Semad já terá em mãos os dados que o empreendedor informa no ato da solicitação”.
O Atlas também fornecerá informações mais precisas a respeito da contribuição de Goiás no sequestro de gases causadores de efeito estufa (muito embora existam outras formas de sequestro, além da vegetação). Cada tipo de formação vegetativa a ser identificada no Atlas contribui de uma forma própria nesse processo. Com dados mais precisos, o Governo de Goiás terá condições de avançar em políticas públicas nessa seara.
Governo explica importância do Atlas
“O projeto também vai oferecer à Semad informações detalhadas sobre as reservas legais e Áreas de Preservação Permanente (APPs) existentes em Goiás, indicando a eventual necessidade de ações para recuperar APPs degradadas ou solicitar aos empreendedores a reabilitação de suas respectivas RLs”, complementa Vulcanis. É importante ressaltar que, para aprovar propostas de reserva legal, a Semad sempre analisa se a área faz parte de um corredor ecológico, e essa análise poderá ser feita com mais precisão.
Por fim, mas não menos importante, cabe lembrar que o Atlas servirá de instrumento para implementação das próximas fases do recém-criado programa de Pagamento por Serviço Ambiental (PSA), tendo em vista que o principal objetivo do PSA é justamente o de preservar remanescentes de vegetação nativa. Com essas informações, a Semad poderá decidir com mais tranquilidades quais municípios devem entrar prioritariamente no programa.
Por Mais Goiás