Presidente estadual do MDB em Goiás, o vice-governador Daniel Vilela manifestou o interesse de que seu partido encabece uma candidatura própria à presidência da Câmara Municipal de Goiânia. No entanto, ele sinalizou que a legenda pode abrir mão dessa posição caso seja do interesse do prefeito eleito, Sandro Mabel (UB), que já demonstrou inclinação pela continuidade do atual presidente, Romário Policarpo (PRD). A declaração foi dada em entrevista ao jornal O Popular nesta terça-feira (19).
“Se o prefeito eleito entender que Romário Policarpo é o nome mais adequado para a presidência, o MDB não criará nenhum problema. O partido quer contribuir para uma gestão harmônica e eficiente, que resgate as condições de Goiânia”, afirmou Daniel Vilela após questionamento feito pela jornalista Cileide Alves.
O vice-governador também destacou que o MDB busca fortalecer sua unidade interna, tanto na atuação dos vereadores eleitos quanto nas decisões estratégicas do partido. A reunião agendada para a próxima sexta-feira (22) baterá todos os martelos em relação a isso. Como adiantado pelo Mais Goiás, o presidente metropolitano da legenda, Agenor Mariano já havia reforçado desejo por candidatura própria.
Daniel reforça que qualquer que seja a posição, os parlamentares deverão segui-la. “Nosso objetivo é que as decisões políticas do partido sejam tomadas de forma unificada, garantindo que os vereadores estejam alinhados com as posições do MDB em votações estratégicas. Isso já foi comunicado a todos os que se filiaram ao partido”, explicou Daniel Vilela.
De acordo com o vice-governador, o MDB já demonstrou desprendimento em outras ocasiões para viabilizar o projeto político de Sandro Mabel. Daniel Vilela relembrou que a sigla abriu mão de lançar candidatura própria à prefeitura e cedeu espaço para a escolha de nomes na composição da chapa, como a vice-prefeita eleita Coronel Cláudia, que migrou para outro partido por decisão estratégica. No fim das contas, ela se filiou ao Avante, em uma articulação construída pelo presidente da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), Bruno Peixoto (UB).
“O partido mostrou, em diferentes momentos, que está disposto a colaborar para o sucesso da gestão. Essa mesma postura será adotada em relação à presidência da Câmara”, reforçou Daniel Vilela.
Embora manifeste interesse na presidência da Câmara, o MDB deixará a decisão final para Sandro Mabel. Caso o prefeito opte por não apoiar um nome do partido, Daniel Vilela afirmou que a legenda não pleiteia posições secundárias, como a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). “Essas são questões menores que cabem ao prefeito articular com os vereadores”, pontuou.
Por Mais Goiás