Presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto conversou com vereadores de seu partido e barrou articulação da bancada para lançar candidatura própria à presidência da Câmara Municipal de São Paulo. Valdemar disse que tem que ser honrado o acordo segundo o qual o posto será ocupado por um representante do União Brasil.
Em julho, após ameaçar não apoiar a reeleição de Ricardo Nunes (MDB) e flertar com Pablo Marçal (PRTB), o União Brasil aderiu à campanha do prefeito mediante acordo que envolveu a sucessão no comando do Legislativo paulistano.
Presidente da Casa, Milton Leite (União Brasil) não disputou a eleição e anunciou que deixará a vida pública. Segundo esse acerto entre partidos, no entanto, ele indicará seu sucessor no comando da Câmara.
“Para alguns vereadores que me perguntaram [disse que o acordo deve ser mantido]. Tive que bater o martelo com o [Antonio] Rueda [presidente do União Brasil], Milton Leite e o Ricardo Nunes na véspera da convenção do União, por vídeo. Precisávamos muito do União Brasil. Pablo Marçal estava desesperado atrás deles”, afirma Valdemar ao Painel.
No União, os nomes mais cotados para presidir o Legislativo municipal são os vereadores Ricardo Teixeira, Rubinho Nunes, Silvão Leite e Pastora Sandra Alves, todos próximos de Leite.
Ainda que a intervenção de Valdemar tenha interrompido a movimentação, a bancada do PL não abandonou o interesse pela presidência da Câmara.
Líder da legenda, Isac Félix apresentou projetos para desfazer alterações no regimento realizadas por Leite em 2022 e 2023. A regra voltaria ao formato anterior, sendo permitida somente uma reeleição para o mesmo cargo, na mesma legislatura.
Dessa forma, caso os textos sejam aprovados, o próximo presidente poderá buscar novo mandato apenas uma vez. Leite está atualmente no quarto período consecutivo.
No União Brasil, o entendimento é o de que o acordo tem validade de quatro anos, ou seja, de que terá apoio dos partidos da base de Nunes na busca pela presidência da Câmara durante todo o mandato do próximo prefeito.
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