JUSTIÇA
Cúpula progressista tenta derrubar médico da presidência municipal da legenda
Paulo Daher, ao lado de Vanderlan Cardoso (Foto: Leoiran)
O ex-vereador e médico Paulo Daher obteve um mandado de segurança para reassumir a liderança do Progressistas (PP), em Goiânia, após ser afastado do cargo pela executiva estadual do partido, na terça-feira (6). A decisão judicial, emitida pela desembargadora Alessandra Gontijo do Amaral, questiona a forma como a comunicação de afastamento foi realizada.
A executiva estadual havia afastado Daher sob acusações de infidelidade partidária e ações fraudulentas durante a convenção do partido, no domingo (4). Em seu lugar, foi nomeado o deputado federal Adriano Avelar, também conhecido como Adriano do Baldy.
A polêmica surgiu quando, na última convenção, Paulo Daher foi indicado como candidato a vice-prefeito na chapa liderada pelo senador Vanderlan Cardoso (PSD), surpreendendo a executiva do PP em Goiás.
A expectativa era que o empresário Sandro Mabel (UB), nome apoiado pelo governador Ronaldo Caiado (UB), recebesse o apoio da legenda progressista. A decisão de Daher gerou tensão entre a família Baldy, que comanda o partido em Goiás e é aliada do gestor estadual.
Daher defende que agiu com independência e que a decisão foi colegiada. A questão deverá ser resolvida na Justiça Eleitoral.
Por meio de nota, o presidente estadual do PP em Goiás, Alexandre Baldy, disse que ainda não havia sido comunicado do mandado de segurança e reiterou que o mesmo não afetava a “deliberação dos membros da Executiva Municipal, no sentido de coligar-se com o Partido União Brasil, que lançará o candidato Sandro Mabel nas próximas eleições”.