Eurico Barbosa, um dos maiores expoentes da política goiana, faleceu nesta noite, na UTI do Hospital Anis Rassi, aos 91 anos. A Assembleia Legislativa de Goiás decretou luto oficial por três dias, prestando a última homenagem a esta ilustre figura que presidiu a Casa (1985-1987) na década de 80. O velório vai ocorrer no Cemitério Parque Memorial e o sepultamento está previsto para às 16:30h.
Ao ser informado da passagem de Eurico Barbosa, o presidente da Assembleia, o deputado Bruno Peixoto (UB), assinou o Decreto nº 3.680, em que decreta na Casa, luto oficial por três dias. O presidente também divulgou uma nota de pesar nas suas redes sociais prestando sua solidariedade à família, aos amigos e ao povo goiano.
“Eurico Barbosa fez história em Goiás, dedicando sua vida pública a serviço da população e ao desenvolvimento do nosso Estado. Como presidente da Assembleia deixou um legado de compromisso, integridade e trabalho árduo. Sua trajetória é um exemplo de dedicação e amor pela terra e pela gente goiana. Que seja um grande exemplo para todos nós”, declarou Peixoto.
Natural de Morrinhos, ele era diabético desde os 47 anos e, nos últimos anos, já vinha sofrendo com as consequências da doença e da idade avançada. Foi casado com Jaci Araújo Barbosa, já falecida, com quem teve seis filhos (quatro vivos) .
Eurico Barbosa fez carreira na política
Graduado em direito pela Universidade Federal de Goiás em 1957, ele começou sua carreira parlamentar dois anos depois, como vereador por Morrinhos (1959 a 1963) do UDN. Em seguida, elegeu-se deputado estadual pela coligação UDN-PSP, 5ª Legislatura (1963-1967), sendo reeleito para a 6ª Legislatura (1967-1971), agora pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB). No dia 13 de março de 1969, teve o mandato parlamentar cassado e os direitos políticos suspensos por 10 anos, por ato do presidente da República, decisão publicada no “Diário Oficial” da União do dia seguinte.
Retornou à política com sua eleição, em 1982, para deputado estadual pelo Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), 10ª Legislatura (1983-1987), sendo eleito presidente do Legislativo (1985-1987). Reeleito para a 11ª Legislatura (1987-1991), atuou na elaboração da Constituição Estadual de 1989. Em 28 de março de 1990 renunciou ao seu mandado para assumir o cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que presidiu em 1999.
Membro da Academia Goiana de Letras (AGL), que presidiu em 2001, integra os quadros da Associação Goiana de Imprensa e foi um dos fundadores da Associação dos Cronistas Esportistas de Goiás. Historiador dos mais completos, publicou diversas obras, dentre elas: “Um Semanal no Diário”; “Confissões de Generais – A Intervenção Militar na Política Brasileira”; “A Tribuna da Academia”; “Um Parlamentar na Imprensa”; “Pedro Ludovico: a Mudança Revolucionária”; “História e Lembranças”; “A Noite de 15 Anos” e “Rui Barbosa e o Ideal do Tribunal de Contas”.
Em 2021, o jornalista Fleurymar de Souza editou e lançou a biografia de Eurico Barbosa,