A deputada estadual pelo Maranhão, Mical Damasceno (PSD), propôs que apenas homens participem de uma sessão alusiva ao Dia da Família na Assembleia Legislativa, prevista para 15 de maio. O objetivo, explicou a parlamentar nesta quarta-feira 17, é mostrar à sociedade “quem é o cabeça da família”.
Para a deputada, a mulher precisa entender que “deve submissão” ao marido. “Doa a quem doer. Porque as feministas defendem que tenha esse direito de igualdade. Elas querem estar sempre em uma guerra contra o homem”, afirmou Damasceno, indicando que a sugestão foi “uma ideia divina”.
As declarações foram publicadas nas redes sociais da deputada horas depois do seu discurso em plenário. Ela foi reeleita nas eleições de 2022, para seu segundo mandato, obtendo pouco mais de 52 mil votos.
Defensora da família e dos valores cristãos, a Mical Damasceno é uma apoiadora declarada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e ficou entre os dez deputados estaduais mais votados na ocasião.
A parlamentar já esteve envolvida em um caso de intolerância religiosa em setembro passado. Damasceno discutiu com líderes de religiões de matriz africana durante uma sessão extraordinária da Comissão de Constituição e Justiça para debater casos de racismo religioso – ela fazia parte do grupo que foi acusado de atacar o terreiro de mina Ilê Axé Oxum Ôpara.