
O sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro, Orestes Bolsonaro, foi absolvido por um júri popular das acusações de tentativa de feminicídio e tentativa de homicídio contra a ex-mulher e o então namorado dela. Segundo a decisão, ele foi condenado apenas por lesão corporal, com pena de três meses em regime aberto. O caso, que aconteceu em 2020 no Vale do Ribeira (SP), havia sido transferido para a capital paulista após o Ministério Público apontar possível influência política da família Bolsonaro na região.
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De acordo com o processo, Orestes Bolsonaro teria invadido a casa da ex-companheira durante a madrugada, usando uma chave antiga, e agredido o novo namorado dela com um pedaço de madeira, além de efetuar disparos dentro da residência.
Durante o julgamento, a Justiça entendeu que não houve intenção de matar, desclassificando o crime de tentativa de homicídio para lesão corporal. A defesa, representada pelo advogado Sergei Cobra Arbex, comemorou a decisão e afirmou que “a Justiça foi feita”, sustentando desde o início que o caso não se tratava de tentativa de feminicídio.
Já o Ministério Público manteve a versão de que o ataque ocorreu de surpresa, sem chance de defesa para as vítimas. Após a agressão, a mulher teria fugido com o filho no colo em busca de ajuda.
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Orestes também responde a outro processo por agressão, ocorrido no mesmo ano, contra uma ex-namorada em Registro (SP). Nesse caso, foi condenado a quatro meses em regime aberto e ao pagamento de indenização por danos morais, após a Justiça confirmar que as lesões eram incompatíveis com a versão apresentada pelo réu.
Por Mais Goiás

