
A cidade de Goiânia lidera um ranking da inflação medido em 15 capitais e uma região metropolitana do Brasil no mês de outubro. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice de 0,96% coloca a capital de Goiás à frente de Porto Alegre (RS), 0,33%, e da Grande Vitória (ES), 0,31% (veja a lista completa abaixo). A análise é de que o custo da energia elétrica (6,08%) e alta dos combustíveis (4,78%) foram os fatores que mais influenciaram o resultado no período.
Para aferir esses números, o instituto faz um levantamento mensal de aproximadamente 430 mil preços em 30 mil locais. Eles são comparados com os valores do mês anterior, resultando em um indicador que reflete a inflação, ou seja, o aumento dos preços. O levantamento também considera o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que considera inflação sobre rendas familiares de até cinco salários mínimos, e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o qual mede o impacto da inflação sobre lares com renda de até 40 salários mínimos.
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Ranking da inflação em outubro
O avanço da inflação em Goiânia é seguido por Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, que registrou 0,33% no mês. Depois, está Grande Vitória (ES), com 0,31%; Belém (PA), com 0,26%; Aracaju (SE), com 0,20%; Recife (PE), com 0,17%. Rio Branco (AC), Brasília (DF), Salvador (BA) e São Paulo (SP) também registraram crescente para o mês mas figuram a lista com índices igual ou menor que 0,10%.
São Luiz (MA), por sua vez, foi a cidade com melhor desempenho em outubro. A variação foi de -0,15. A cidade é seguida por: Belo Horizonte (MG), com -0,15; Campo Grande (MS), com – 0,08%, Rio de Janeiro (RJ), com -0,06; e Curitiba (PR), com -0,02. Veja o gráfico:

Aumento na conta de energia elétrica
Enquanto o custo da energia elétrica representa o principal motivo de queda da inflação para o Brasil, em Goiânia a situação é diferente. Acontece que, neste período, o consumidor goianiense começou a sentir os primeiros efeitos do reajuste de 18,55% do preço da energia, que passou a vigorar em outubro. A alteração dos percentuais foi aprovada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e vigora desde outubro. Clique aqui e entenda os motivos do aumento.
Para o país como um todo, a oscilação negativa é explicada pela mudança da bandeira tarifária vermelha patamar 2, vigente em setembro, para a bandeira vermelha patamar 1, com a cobrança adicional de R$ 4,46 na conta de luz a cada 100 Kwh consumidos, ao invés do acréscimo de R$ 7,87/100 Kwh.
Alta dos combustíveis
Não bastasse o aumento da energia elétrica para o consumidor goianiense, o INPC também aferido pelo IBGE, mostrou uma guinada no preço da gasolina na capital, com impacto principalmente sobre a população de renda mais baixa. Segundo o indicador, o preço do combustível na capital subiu 4,78%. Somados, os gastos com energia e combustíveis são vistos como os principais responsáveis por colocar Goiânia no topo do ranking das variações.
A média nacional em termos de combustíveis mostrou, no campo geral, um tímido crescimento (0,03%) em outubro. No ano, o acumulado é de 3,65% e, nos últimos 12 meses, de 4,49%, abaixo dos 5,1% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2024, a taxa foi de 0,61%.
Índice Brasil
Na contramão de Goiânia, o índice Brasil, o qual é a média de todas as cidades pesquisadas juntas, recuou 0,09%. O número representa o menor indicador já registrado desde 1998, quando o saldo ficou em 0,02%.
A média brasileira, vale lembrar, marcou 0,48% em setembro, caindo, em outubro, 0,09%. Essa oscilação representa um recuo de 0,39 ponto percentual. No ano, a inflação acumula alta de 3,73% e, nos últimos 12 meses, o índice está em 4,68%.
Por Mais Goiás

