
Depois de quase dois meses de investigação, a Polícia Civil de Rio Verde prendeu o homem suspeito de matar Inoussa Alassane, de 44 anos, cidadão africano natural da República do Benin, com um tiro pelas costas. O crime aconteceu no bairro Residencial Veneza, no dia 13 de setembro deste ano. Segundo o delegado Adelson Candeo, titular do Grupo de Investigação de Homicídios (GIH), o motociclista, de 25 anos, foi identificado após análise de câmeras de segurança que mostraram toda a movimentação na noite do homicídio. Ele foi detido nesta quinta-feira (6/11).
O assassinato ocorreu por volta das 21h30, na Avenida Rio Verde. As imagens registraram o momento em que Inoussa, caminhando pela calçada com algumas sacolas, é alvejado pelas costas com um disparo de espingarda feito por um motociclista em movimento. O tiro atravessou o corpo, e a vítima morreu ainda no local.
Candeo explicou que as imagens foram fundamentais para elucidar o caso. “A partir do momento do crime, a Polícia Civil passou a seguir as gravações de câmeras de segurança de residências e comércios, acompanhando todo o trajeto da motocicleta entre o local do homicídio e a casa do acusado, onde ele aparece guardando a moto de forma apressada logo depois do disparo.”
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Durante o cumprimento do mandado de prisão, o homem acabou indicando onde tinha escondido a arma usada no homicídio. Os policiais encontraram uma espingarda de fabricação artesanal, calibre 28, junto com o cartucho deflagrado utilizado no tiro.
De acordo com Candeo, a investigação começou logo após o crime, quando equipes do GIH conseguiram reunir imagens de vigilância e depoimentos. O material ajudou a traçar o caminho percorrido pelo suspeito e confirmar a identidade dele.

A motivação do crime ainda não foi revelada. O homem preferiu não dar detalhes sobre o motivo do disparo e se manteve em silêncio durante o interrogatório. Segundo o delegado, o suspeito tem antecedentes criminais por porte e disparo de arma de fogo, o que reforça o comportamento violento e a familiaridade com armas. Ele foi levado para a 8ª Delegacia Regional de Rio Verde e permanece preso à disposição do Poder Judiciário.
Sem recursos para o translado, a família optou por enterrar o corpo de Inoussa em Rio Verde logo após a liberação. A investigação conduzida pelo GIH está sendo concluída e será remetida à Justiça.
Por Mais Goiás
