
O porta-voz do MBL em Goiás e líder do partido Missão, João Vítor Noleto, afirmou que a nova legenda, recém-registrada pelo TSE, deve concentrar seus esforços nas chapas proporcionais, para a Assembleia Legislativa e a Câmara dos Deputados, nas eleições de 2026. De acordo com ele, em entrevista à coluna Domingos Ketelbey, do portal Mais Goiás, o partido não lançará candidato ao Governo de Goiás e pode até indicar o voto nulo diante da falta de nomes representativos.
“Embora seja uma vontade muito grande do nosso grupo, acredito que não seja o momento de termos um candidato a governador. Não encontro nenhuma representação nas figuras que estão aí”, disse Noleto, citando Daniel Vilela, Marconi Perillo e Wilder Morais. “Essas lideranças não representam um projeto de longo prazo para Goiás”, destacou à coluna.
O dirigente também afastou qualquer possibilidade de aproximação com partidos de esquerda. “Apoiar o PT seria desonrar a nossa própria história. Nós surgimos para combater a esquerda e perderíamos o sentido se mudássemos isso”, afirmou.
Questionado se haveria possibilidade do partido indicar “voto nulo” Noleto afirmou que pode ser um caminho. “Olha, não é o desejável, mas eu sinto às vezes que as figuras que estão à disposição nos obrigam a essa oposição. Não é o que eu quero, não tá definido ainda, e nós trabalhamos para oferecer uma outra possibilidade para o povo goianiense, povo goiano”, salientou.
De acordo com ele, o Missão nasce em Goiás com diretório formado e cerca de 20 mil assinaturas validadas pelo TSE, mas sem foco em filiação em massa. “Nosso objetivo é estruturar uma base de qualidade, filiar dirigentes e candidatos que compartilhem dos nossos ideais”, pontuou.
Noleto ainda respondeu às críticas do ex-vereador Fernando Holiday (PL), que afirmou que o MBL e o novo partido perderam ideologia. “O Holiday sente dor de cotovelo. Ele saiu para tentar mais votos e acabou fracassando. Foi com a venda dos nossos livros, o Livro Amarelo, que financiamos o partido, e ali estão as nossas ideias e o plano de governo do nosso candidato à Presidência em 2026”, concluiu.
Por Mais Goiás
