filho do ex-presidente
Comentário surgiu após Trump elogiar o presidente do Brasil
Foto: Reprodução
O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) buscou minimizar o recente aceno do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para ele, o gesto deve ser visto apenas como parte de uma estratégia política, ligada a uma possível anistia aos condenados pelos atos do 8 de Janeiro. O comentário surgiu após Trump elogiar Lula e afirmar que pretende se reunir com o petista após um breve encontro nos bastidores da Assembleia-Geral da ONU.
Em publicação nas redes sociais, Eduardo Bolsonaro declarou que Trump “fez exatamente o que sempre praticou”: aumentou a pressão com sanções, para depois se reposicionar na mesa de negociações em posição de força. Ele citou como exemplo a punição imposta pelos EUA à mulher do ministro Alexandre de Moraes, classificando a medida como um “recado claro” contra o que chamou de maior violador de direitos humanos da história do Brasil. Na visão do parlamentar, o gesto demonstra “firmeza estratégica”, e não uma vitória política de Lula.
Segundo Eduardo Bolsonaro, cabe ao governo brasileiro tentar obter algum ganho positivo no diálogo, já que o país depende das relações com os Estados Unidos. “Ao final, Trump ainda disse que sem os EUA o Brasil vai mal. Não há para onde correr: o Brasil precisa dos EUA, reconheça isto ou não”, afirmou.
Aliados do bolsonarismo interpretaram a movimentação como uma forma de reforçar o discurso de que a anistia aos condenados do 8 de Janeiro deve ser “ampla, geral e irrestrita”. Nos bastidores, dirigentes do PL ainda veem no episódio uma tentativa de desviar o foco de desgastes internos que atingem o grupo político ligado a Jair Bolsonaro.
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