BRONCA
Apesar da sinalização de avanço institucional, a decisão do Sintego de não colocar em votação imediata a deflagração de greve provocou reação
Assembleia da Educação de Goiânia foi realizada na manhã desta quinta-feira (15); servidores administrativos ficaram na bronca (Foto: Reprodução)
A greve na rede municipal de Educação de Goiânia foi temporariamente afastada, mas o clima de insatisfação permanece entre parte da categoria. Em assembleia realizada na manhã de quinta-feira (15), no Cepal do Setor Sul, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Goiás (Sintego) decidiu aceitar a proposta encaminhada pela Prefeitura e manter o indicativo de greve apenas como instrumento de pressão, com nova paralisação e assembleia marcadas para o próximo dia 29 de maio.
A proposta aprovada prevê a tramitação, até o fim do mês, de Projetos de Lei que tratam do reajuste do piso do magistério, além da reestruturação do plano de carreira e da data-base dos profissionais administrativos da Educação. Comissões específicas para cada segmento foram criadas para acompanhar o processo junto à Secretaria Municipal de Educação.
Os trabalhos da comissão dos administrativos começam nesta sexta-feira (16), enquanto os representantes dos professores, incluindo membros de CMEIs, escolas parciais, de tempo integral e da EJA, serão definidos nos próximos dias.
Apesar da sinalização de avanço institucional, a decisão do Sintego de não colocar em votação imediata a deflagração de greve provocou reação. Um grupo autodenominado “Administrativos na Luta” divulgou uma nota de repúdio à condução da assembleia, acusando o sindicato de não ouvir a base e de adotar uma postura “antidemocrática”.
“O sindicato está agindo de forma desrespeitosa ao não colocar em votação a greve, que é o principal objetivo da categoria. Só conseguimos avanços com paralisações. Essa decisão mina a força dos trabalhadores”, diz o comunicado. O movimento acusa a entidade de “evitar o confronto com a gestão municipal” e cobra que o direito de deliberação sobre a greve seja respeitado.
Por outro lado, o Sintego afirma que a manutenção do indicativo até o dia 29 permite acompanhar os desdobramentos da negociação no Legislativo. A entidade reforçou que, caso haja avanços concretos antes do prazo, poderá convocar nova assembleia a qualquer momento.