Quem são as estudantes de medicina que debocharam de paciente transplantada – Blog Folha do Comercio
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Quem são as estudantes de medicina que debocharam de paciente transplantada

de admin

Jovens são alunas de universidades privadas e realizavam um curso de extensão de um mês na Faculdade de Medicina da USP. Vídeo com os comentários foi publicado em rede social e depois deletado. Defesa delas não foi localizada

As estudantes de medicina Gabrielli Farias de Souza e Thais Caldeiras Soares Foffano são investigadas pela polícia por suspeita de praticar injúria durante um vídeo gravado para as redes sociais contra a paciente Vitória Chaves da Silva, à época internada no Instituto do Coração (InCor) do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista. A defesa delas não foi localizada.

As imagens foram gravadas dentro do InCor e publicadas no TikTok poucos dias antes de Vitória morrer, em 28 de fevereiro. No vídeo, elas falam sobre o ineditismo do caso da jovem, que recebeu três corações ao longo da vida e dizem, em tom satírico, que ela devia achar que tinha “sete vidas”.

As duas fazem outros comentários maldosos e afirmam que a Vitória não teria tomado a medicação da forma correta após um dos transplantes e, por isso, teve de ser submetida a uma nova cirurgia do tipo para receber outro órgão.

Thais é estudante da Faculdade da Saúde e Ecologia Humana (Faseh), de Belo Horizonte, e Gabrielli é aluna da Anhembi Morumbi, de São Paulo. Elas estavam realizando um curso de extensão promovido pela Faculdade de Medicina da USP de um mês de duração. O vídeo foi deletado da plataforma.

Estudantes de medicina alegam que paciente transplantada precisou de novo coração após não seguir protocolos médicos.
Estudantes de medicina alegam que paciente transplantada precisou de novo coração após não seguir protocolos médicos. Foto: Reprodução/Instagram/@tendanew_faces

Ambas foram denunciadas pela família da paciente. O caso é investigado como injúria por meio de inquérito policial instaurado pelo 14.° Distrito Policial (Pinheiros). O Ministério Público disse que está analisando o caso.

A USP informou que Gabrielli e Thais são alunas de outras instituições e não possuem vínculos com a universidade e com o InCor, mas que notificou as universidades de origem das estudantes.

“Internamente, a FMUSP está tomando medidas adicionais para reforçar junto aos participantes de cursos de extensão as orientações formais sobre conduta ética e uso responsável das redes sociais, além da assinatura de um termo de compromisso com os princípios de respeito aos pacientes e aos valores que regem a atuação da instituição”, afirma a instituição.

A Faseh e Anhembi Morumbi dizem que o vídeo não condiz com os princípios e valores das instituições e com um compromisso de uma formação médica humanizada. As faculdades lamentaram o ocorrido, se solidarizam com a família de Vitória e dizem estar à disposição das autoridades para ajudar na apuração dos fatos.

Por Estadão


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