Falso frete era contratado pelas vítimas por meio de páginas criadas na internet pelos golpistas. Grupo tinha estratégia para enganar polícia

Cinco suspeitos de integrar uma quadrilha que além de aplicar o golpe do falso frete também furtava cargas de alto valor foram presos temporariamente pela Polícia Civil. Investigações apontam que somente para um empresário que mora no Entorno do Distrito Federal, o grupo criminoso deixou um prejuízo de R$ 60 mil.
Os oito suspeitos, três deles ainda foragidos, foram identificados por agentes do Grupo de Repressão a Estelionatos e Outras Fraudes (Gref) da Deic, após três meses de investigações. Segundo apurado, usando nomes e documentos falsos, os golpistas criavam páginas e plataformas na internet oferecendo fretes para todo o Brasil.
Os caminhões usados na propaganda, e para buscar as mercadorias, descobriu a PC, eram legais, mas tinham placas e documentos falsos, para dificultar que fossem identificados posteriormente. Segundo o delegado Maytan Santana, além de cobrar pelo valor do frete, os criminosos também desapareciam com a carga.
“Neste caso em especifico que está sendo apurado por nós, eles receberam R$ 10 mil para buscar uma carga no Rio Grande do Norte, avaliada em R$ 50 mil, e desapareceram com ela. Como trata-se de um grupo muito grande, e onde cada um tem uma função específica, nós vamos trocar informações com os colegas da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas para que possamos identificar outras vítimas”, destacou.
Falso frete: estratégia dos golpistas
Durante as investigações, os agentes do Gref da Deic descobriram que o grupo criminoso retirava a propaganda do serviço de frete das plataformas por um tempo, logo após a consumação do primeiro golpe. Segundo o delegado, esse procedimento era adotado porque os golpistas sabiam que os empresários que contratam fretes sempre alertam os colegas quando um golpe é aplicado.
Os cinco mandados de prisão contra oito dos investigados foram cumpridos na quarta-feira (09/04) em Águas Lindas, e Planaltina de Goiás, cidades goianas que ficam no Entorno do Distrito Federal. Outros três suspeitos, que também tiveram suas prisões decretadas, ainda não foram localizados. As identidades deles, que responderão por associação criminosa, e estelionato, não foram divulgadas.
Por Mais Goiás