Padrasto abusou da jovem por seis anos, segundo informações da própria vítima. Caso está com delegada Gabriela Adas

Uma mulher e o atual marido dela foram presos preventivamente pela Polícia Civil na segunda-feira (07/04), acusados de estupro de vulnerável. A polícia só descobriu o caso porque a vítima denunciou que, mesmo após completar 18 anos, era obrigada pelo padrasto a se relacionar sexualmente com ele duas vezes por semana, se quisesse trabalhar, e usar o celular.
O caso chegou ao conhecimento da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deaem) de Goiânia no final do mês passado. Em depoimento, a jovem relatou que era estuprada pelo padrasto, com o conhecimento, e consentimento da mãe, desde quando tinha apenas 12 anos de idade.
A vítima, que é mãe de uma bebê de apenas oito meses, contou ainda que desde o nascimento da filha era obrigada a deixa-la do lado da cama, enquanto o padrasto a estuprava. A Polícia Civil já solicitou um exame de DNA para descobrir se a bebê é filha do padrasto da jovem, ou de algum namorado da denunciante.
Jovem agredida com uma colher
Quando os estupros começaram, sete anos atrás, ainda conforme o depoimento da jovem, o padrasto batia nela com uma colher, nas mãos, sempre que era indagado se era certo o que ele a obrigava a fazer. As agressões, contou, eram sempre praticadas com um talher, para que não deixassem marcas pelo corpo dela.
A mãe da vítima também responderá pelos estupros, segundo a delegada Gabriela Adas, porque desde quando soube do primeiro caso decidiu não denunciar o companheiro após constatar que a então menor não era mais virgem. Há indícios, segundo a policial, que a mulher tinha pleno conhecimento de que os estupros continuavam acontecendo, e também que o marido havia estipulado que a enteada se deitasse com ele pelo menos duas vezes na semana, para que pudesse ter uma vida normal, trabalhando, e saindo para passear.
As investigações também comprovaram, segundo Gabriela Adas, que o padrasto obrigava a enteada a mostrar tudo o que fazia, e com quem conversava no celular. A polícia divulgou somente as idades dos dois indiciados, 46 anos o homem, e 36 a mulher.
Por Mais Goiás