ARTICULAÇÃO
Além das maternidades, Aava apresentou outras demandas ao ministro, como a ampliação da radioterapia no Hospital Araújo Jorge
Aava Santiago, ao lado do ministro da Saúde, Alexandre Padilha (Foto: Divulgação)
A vereadora Aava Santiago (PSDB) se reuniu com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na noite da última quinta-feira (20), em Brasília, para relatar a situação crítica das maternidades públicas de Goiânia. No encontro, a parlamentar solicitou apoio financeiro emergencial para evitar o colapso das unidades, que vêm sofrendo com cortes orçamentários desde o fim de 2024.
Desde dezembro, as três principais maternidades da capital — Dona Iris, Nascer Cidadão e Célia Câmara — operam apenas com atendimentos de urgência e emergência, após a Prefeitura reduzir em 40% os recursos destinados a essas unidades. O corte impactou o funcionamento dos serviços, resultando no fechamento de leitos, falta de insumos e suspensão de procedimentos como o teste do pezinho e exames neonatais.
Durante a reunião, Aava Santiago também solicitou ao Ministério:
- Repasse emergencial de recursos;
- Estudo de viabilidade para federalização da gestão das maternidades;
- Mediação entre a Prefeitura e a Fundação de Apoio ao Hospital das Clínicas (FUNDAHC), responsável pela gestão da Célia Câmara;
- Auditoria federal para apurar a situação e possíveis irregularidades.
A vereadora levou o caso de uma funcionária da Maternidade Célia Câmara, que preferiu não se identificar e afirmou que um novo plano de trabalho da FUNDAHC propõe limitar o atendimento a apenas 50 leitos via regulação. De acordo com ela, o modelo compromete serviços como o Banco de Leite, o Centro de Parto Normal e os atendimentos ambulatoriais. A mudança também deve reduzir drasticamente o número de profissionais na unidade.
Além das maternidades, Aava Santiago apresentou outras demandas ao ministro, como a ampliação da radioterapia no Hospital Araújo Jorge, referência em tratamento oncológico, e a aquisição de um aparelho de raio X para a Maternidade Nascer Cidadão. Para a vereadora, a falta do equipamento tem forçado o deslocamento de gestantes e recém-nascidos para outras unidades, atrasando diagnósticos.