Os investigados abordavam as vítimas apresentando um falso comunicado da Caixa

Uma operação da Polícia Federal (PF) mira um grupo suspeito de aplicar golpes envolvendo a troca de cartões bancários em Goias, no Distrito Federal (DF) e Ceará (CE). Nesta terça-feira (18/3), são cumpridos 12 mandados judiciais, sendo 9 de busca e apreensão e 3 de prisão preventiva, além do sequestro de bens dos investigados. Segundo a corporação, os crimes aconteceram entre novembro de 2024 e janeiro de 2025.
As investigações apontaram que o grupo fingia ajudar clientes da Caixa Econômica a utilizarem o terminal de autoatendimento. Na ocasião, os investigados abordavam as vítimas apresentando um falso comunicado da Caixa, informando sobre a necessidade de troca da senha do cartão. Eles alegavam que o documento havia sido impresso pela própria máquina utilizada pelo cliente.
Quando as vítimas voltavam novamente até o caixa eletrônico para tentar entender o que estava acontecendo, um dos suspeitos oferecia ajuda e, enquanto fazia diversas manobras rápidas no equipamento, mantinha uma conversa contínua e exaustiva com a vítima para distraí-la. Durante esse procedimento, o suspeito conseguia obter a senha, e, sem que a vítima percebesse, fazia a troca dos cartões.
Em seguida, o suspeito ia até outra agência da Caixa, usava o cartão verdadeiro e a senha das vítimas, e realizava diversos saques em dinheiro, transferências e compras fictícias, utilizando máquinas de cartão que já estavam em posse do grupo para obter os valores.
De acordo com a PF, o grupo é especializado neste tipo de golpe e possui ramificações no Centro-Oeste e no Nordeste do país. Eles são investigados pelos crimes de formação de quadrilha e furto qualificado mediante fraude. A soma das penas máximas pode ultrapassar os 20 anos de prisão dependendo da participação de cada membro no esquema.
A operação da PF contra golpes envolvendo a troca de cartões bancários foi batizada de “Falsa Ajuda” e contou com o apoio da Centralizadora Nacional de Segurança e Prevenção à Fraude da Caixa Econômica Federal, da Polícia Militar do Estado de Goiás e das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (FICCO) de Goiás, Distrito Federal e Ceará.
Por Mais Goiás