Homem morto em confronto com PM era tecladista de igreja e tinha esquizofrenia – Blog Folha do Comercio
Home Cidades Homem morto em confronto com PM era tecladista de igreja e tinha esquizofrenia

Homem morto em confronto com PM era tecladista de igreja e tinha esquizofrenia

de admin

Segundo Heloise de Sousa, que era vizinha de Bruno, ele tinha o diagnóstico de esquizofrenia e sempre foi tratado pela mãe, que faleceu há menos de dois anos, aumentando os quadros de crise

Bruno Alexandre Ribeiro, homem que estava supostamente em surto e morreu após ser baleado pela Polícia Militar (PM), na noite de domingo (9), em Goiânia, deveria fazer uso de remédios controlados, mas havia parado, conforme familiares. Ele também tocava teclado em uma igreja evangélica, que frequentava com a mãe, que faleceu há dois anos e tinha 48 anos. Ele era aposentado.

A estudante de fisioterapia Heloise de Sousa, 28, era amiga de Bruno. Foi vizinha dele por muitos anos e aprendeu a tocar teclado com ele. “Eu pulava o muro para brincar com os sobrinhos dele.” Segundo ela, o amigo tinha o diagnóstico de esquizofrenia e sempre foi tratado pela mãe, que faleceu há menos de dois anos, aumentando os quadros de crise. Ele não tinha filhos.

“Você pode conversar com qualquer pessoa sobre o Bruno e as respostas serão as mesmas: era uma pessoa muito querida por todos.” Segundo ela, o amigo sempre “sempre perguntava os porquês, pedia por favor, tinha cuidado e comemorava cada conquista”.

A igreja que frequentava – junto também do pai – e tocava, fica no setor Jardim Nova Esperança. Sobre o o suposto surto, Heloise acredita que teve influência na perda da mãe. Ela disse que o velório será nesta terça-feira (11), às 6h. O enterro às 10h. Os detalhes não foram repassados.

Sobrinho

Sobrinho de Bruno, o estudante Pietro Ribeiro, 21, disse que o tio era ótima pessoa e muito amado. Além disso, reforçou o diagnóstico de esquizofrenia do parente. “Era evangélico, mas desde a morte de minha avó, não usava mais a medicação. Em dezembro, ele teve um surto e chamamos o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e a polícia, e ele foi internado. Ele deixou a clínica, mas não fez mais uso dos medicamentos.”

Segundo ele, no domingo, o tio não falava “coisa com coisa” durante a crise. “Chamamos novamente a polícia e o Samu, mas a PM chegou primeiro. Mas fora esse surto, sempre foi uma ótima pessoa, trabalhador.” Ele, entretanto, preferiu não dar detalhes sobre o ocorrido.

Versão da polícia

Antes de ser atingido com um disparo de arma letal, Bruno Alexandre Ribeiro foi atropelado e alvejado com dois tiros de munição de borracha. Ainda assim, segundo a corporação, ele partiu para cima dos policiais, armado com uma faca.

Familiares de Bruno acionaram a corporação e informaram que ele estava tentando matar o pai e parentes no Jardim Nova Esperança. Quando chegaram no local, militares do 13º BPM encontraram o homem em surto, batendo com a faca no portão de uma residência.

Conforme a PM, além de não atender à ordem para que se rendesse, Bruno ameaçou os policiais e partiu para cima deles com uma faca. Um vídeo registrado por uma testemunha mostra quando uma viatura da PMsobe na calçada e atinge o homem.

Posteriormente, é possível ouvir o barulho de três disparos. Dois dos tiros, segundo a corporação, foram disparados com munição não letal, conhecida como elastômetro. Mesmo atingido, Bruno, ainda conforme o relato da corporação, partiu para cima de um dos policiais, que efetuou um disparo de pistola calibre 9 milímetros.

Baleado, o homem caiu no chão e foi socorrido ainda com vida. Ele foi encaminhado ao Cais do Bairro Goiá, onde morreualguns minutos depois.

Por Mais Goiás

Você pode interessar!