Um homem que estava em surto morreu após ser baleado por um policial militar (PM) na noite de domingo (9/3), em Goiânia. Antes de ser atingido com um disparo de arma letal, Bruno Alexandre Ribeiro, foi alvejado com dois tiros de munição de borracha, mas ainda assim, segundo a corporação, partiu para cima dos policiais, armado com uma faca.
Familiares de Bruno acionaram a corporação e informaram que ele estava tentando matar o pai e irmãos no Jardim Nova Esperança. Quando chegaram no local, militares do 13º BPM encontraram o homem em surto, batendo com a faca no portão de uma residência.
De acordo com a PM, além de não atender à ordem para que se rendesse, Bruno ameaçou os policiais e partiu para cima deles com uma faca. Um vídeo registrado por uma testemunha mostra quando uma viatura da PM sobe na calçada e atinge o homem.
Posteriormente, é possível ouvir o barulho de três disparos. Dois dos tiros, segundo a corporação, foram disparados com munição não letal, conhecida como elastômetro. Mesmo atingido, Bruno, ainda conforme o relato da PM, partiu para cima de um dos policiais, que efetuou um disparo de pistola calibre Nove Milímetros.
Baleado, o homem caiu no chão, e, socorrido, ainda com vida, foi encaminhado ao Cais do Bairro Goiá, onde morreu alguns minutos depois.
Armas de choque
Em janeiro deste ano, um paciente em surto foi morto por um PM após fazer uma enfermeira refém no Hospital Municipal de Morrinhos. Na época, a corporação foi questionada sobre a falta de equipamento não letal, que poderia solucionar o problema sem provocar a morte de envolvidos.
Ao Mais Goiás, o comandante-geral da PM, Marcelo Granja, afirmou após o episódio em janeiro que todas as viaturas da corporação estarão equipadas com dispositivos eletrônicos de controle (CEC), mais conhecidos como armas de choque, até abril de 2025. O Mais Goiás questionou a Polícia Militar sobre a aquisição dos aparelhos e aguarda um retorno.
