Partido acusa o parlamentar de tentar, por meio de articulações nos Estados Unidos, constranger o Supremo Tribunal Federal (STF) e “criar embaraço” às investigações conduzidas pelo ministro Alexandre de Moraes sobre suposta tentativa de golpe
O PT acionou o Conselho de Ética da Câmara nesta quinta-feira, 27, contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O partido acusa o parlamentar de tentar, por meio de articulações nos Estados Unidos, constranger o Supremo Tribunal Federal (STF) e “criar embaraço” às investigações conduzidas pelo ministro Alexandre de Moraes sobre suposta tentativa de golpe do ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados após as eleições de 2022.
Os petistas dizem que, desde a posse de Donald Trump na Casa Branca, Eduardo esteve três vezes nos Estados Unidos com o objetivo de articular com deputados republicanos um projeto de lei para impedir Moraes de entrar naquele Pais. O PT, inclusive, tem tentado impedir que o deputado assuma a presidência da Comissão de Relações Exteriores da Câmara com o argumento de que ele usará o colegiado como plataforma para teses de extrema direita.
“O fato é que a prática, imoral e reprovável do Deputado Representado, configura uma verdadeira tentativa de constranger não só um integrante de um dos Poderes da República, mas o próprio Poder Judiciário nacional que irá apreciar, se for o caso, as ações penais que envolvem o pai do Representado e seu entorno golpista”, diz o documento, assinado pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann.
A ação do PT no Conselho de Ética na Câmara pede abertura de processo disciplinar contra Eduardo, que ele seja intimado e chamado a depor no colegiado. O documento foi encaminhado após o líder do partido na Casa, Lindbergh Farias (RJ), entrar com ação na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o filho de Bolsonaro por ataque à soberania.
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Por Estadão