Músico foi autuado em flagrante por direção perigosa; recentemente, ele teve nome associado a projeto de lei
O rapper Oruam foi preso em uma blitz no Rio de Janeiro nesta quinta-feira, 20. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do artista ao Estadão.
Em contato com a reportagem, a Polícia do Rio também confirmou a prisão. De acordo com a 16ª DP (Barra da Tijuca), o rapper foi encaminhado por policiais militares à delegacia. Oruam foi autuado em flagrante por direção perigosa.
Segundo informações do g1, o músico teria tentado escapar de uma abordagem policial pela contramão. Ainda conforma a polícia, foi arbitrada fiança.
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Oruam, nome artístico de Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, de 23 anos, é filho de um dos líderes do Comando Vermelho, o Marcinho VP, preso desde 1996. Os dois nunca conviveram fora da prisão, de onde o líder continua a comandar a facção.
Em março do ano passado, Oruam se apresentou no festival Lollapalooza, em São Paulo, vestindo uma camiseta com a foto do pai, com a palavra “liberdade”. Com a repercussão do ato, ele usou as redes sociais para afirmar que o pai está pagando pelos erros “e com sobra”, e que o tem como um herói e exemplo.
O artista tem o rosto do pai tatuado na barriga, ao lado do “tio” Elias Maluco, que assumiu a gerência do tráfico no Complexo do Alemão quando Marcinho foi preso. Elias Pereira da Silva foi condenado em 2005 pelo assassinato do jornalista da Globo Tim Lopes, três anos antes, e foi encontrado morto em 2020 na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná.
Recentemente, o rapper teve o nome associado a um projeto de lei que proíbe ao poder público a contratação de shows de artistas que façam apologia ao crime e ao uso de drogas.
A iniciativa da vereadora Amanda Vettorazzo (União Brasil) em São Paulo se espalhou pelo Brasil e, segundo a parlamentar ligada ao Movimento Brasil Livre (MBL), propostas similares foram protocoladas em mais de 80 cidades brasileiras, sendo 18 capitais. Saiba mais sobre o rapper aqui.
Por Estadão