“Comércio de rua já enfrenta uma séria perda de clientes”

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Goiânia (CDL Goiânia) reagiu ao plano do prefeito Sandro Mabel (União Brasil) de fazer a restrição de estacionamento em avenidas de alto fluxo de trânsito na capital, como a Anhanguera e Castelo Branco, para implantar uma terceira faixa de circulação de veículos. “Embora a entidade apoie medidas que visem melhorar a fluidez do trânsito e a mobilidade urbana, considera inaceitável que tal iniciativa seja implementada sem um planejamento adequado que leve em conta os impactos no setor comercial e na economia local”, diz em nota.
Segundo a CDL, retirar esse tipo de vaga nessas “importantes regiões comerciais” vai afetar o fluxo de consumidores e reduzir as vendas, o que colocará em risco a sobrevivência de centenas de estabelecimentos. “O comércio de rua já enfrenta uma séria perda de clientes, especialmente no Centro e no bairro de Campinas, e essa medida irrefletida poderá acelerar ainda mais tal declínio.” A Câmara argumenta que, sem opções de estacionamento, o consumidor buscará outras alternativas, como shoppings e comércios em regiões com melhor infraestrutura.
Reforça, ainda, que é preciso um estudo sobre a questão do estacionamento na cidade que inclua um projeto amplo e moderno, como ocorre em outras capitais do Brasil. Retirar vagas sem um estruturado para substituí-las não é solução, conforme a CDL.
Plano
Segundo o prefeito Mabel, a mudança é parte de um projeto maior de mobilidade urbana denominado Rotas Fluidas, que pretende desobstruir 11 vias arteriais, nas quais o estacionamento de veículos será proibido nas laterais de calçadas, mas permitido caso haja baias específicas para essa finalidade.
Entre as vias que receberão ações imediatas estão a Avenida Jamel Cecílio (2,6 km), a Avenida 136 (1,4 km) e a Avenida Anhanguera, com 14,5 km de intervenções. O objetivo é que, nestas vias, os veículos utilizem todas as faixas para tráfego. O projeto se assemelha ao que já acontece na Avenida T-63. No total, são 53 km de intervenção em sentido único e 106 km em sentido bidirecional.
Por Mais Goiás