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Indígenas são resgatados de trabalho análogo à escravidão, no RS

de admin

Eles trabalhavam em uma colheita de uva em Bento Gonçalves

Dezoito trabalhadores indígenas foram resgatados em condições análogas à escravidão, na última semana. Eles trabalhavam em uma colheita de uva em Bento Gonçalves, a 120km de Porto Alegre (RS).

O Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE) informou que os trabalhadores tinham de morar no local de forma precária, dormindo em “colchões espalhados pelo chão, em áreas improvisadas e até dentro das canchas de bocha”. Eles também foram dispensados sem receber o devido pagamento.

Após serem despejados do local, um grupo procurou a assistência social da cidade. “Os trabalhadores chegaram ao local em 7 de janeiro de 2025, com a promessa de início imediato na colheita da uva, carteira assinada e pagamento de diárias de R$ 150, além de alimentação e moradia”, disse o ministério.

As diárias começaram a ser pagar em 20 de janeiro. Havia sido prometido emprego durante toda a safra da uva, mas eles foram dispensados depois de quase um mês à disposição do empregador, tendo trabalhado apenas alguns dias. O grupo era composto por doze homens e seis mulheres, entre 17 e 67 anos. Havia também um recém-nascido e uma criança de cinco anos.

“O local, alugado de forma irregular pela empresa prestadora de serviços, foi interditado. Os auditores-fiscais também identificaram outra irregularidade: a venda, dentro do alojamento, de itens que deveriam ser fornecidos gratuitamente aos trabalhadores, como papel higiênico, e ainda por preços superiores aos do mercado”, informou o ministério.

A empresa contratante e a prestadora de serviços não tiveram os nomes divulgados. A empresa foi notificada a quitar os valores devidos e custear o retorno dos trabalhadores às suas cidades de origem. Além disso, o MTE emitirá o Seguro-Desemprego Especial aos resgatados, garantindo o pagamento de três salários mínimos.

Por Mais Goiás *Com informações do portal UOL

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