Atualmente, cada senador tem direito a até 50 cargos comissionados para a estrutura de seu gabinete
O senador Vanderlan Cardoso (PSD), que está deixando a presidência da Comissão de Assuntos Econômicos, defendeu nesta sexta-feira (31/1) o valor da verba de gabinete disponível para parlamentares no Senado Federal. Ele argumentou que, apesar de aparentar ser uma quantia elevada, não é suficiente quando se busca profissionais qualificados para compor a equipe.
“Se você me perguntar de cabeça, não sei quem é. Mas vou ver isso. A verba [de gabinete] parece muito dinheiro, mas não é, quando você precisa de pessoas qualificadas. Mas isso vai do perfil de cada senador”, afirmou o senador em declaração à Folha de São Paulo.
O contexto da resposta do parlamentar se deu a partir de questionamentos sobre a estrutura dos gabinetes e a presença de servidores cedidos por outros órgãos para assessorar senadores. A reportagem da Folha apontava que o presidente do Senado tem 78 cargos para emprestar a aliados em troca de apoio.
Vanderlan mencionou que de fato conta com uma pessoa concursada do Banco Central em sua equipe, profissional com quase 30 anos de experiência. No entanto, garantiu que isso não influencia em negociações políticas.
“Isso não influencia em nada na negociação para presidente. Nem se ele tivesse mil cargos, essa barganha não existe”, disse, afastando especulações de que a composição de seu gabinete tenha ligação com articulações políticas no Senado.
Atualmente, cada senador tem direito a até 50 cargos comissionados para a estrutura de seu gabinete. Além dessa equipe própria, os parlamentares também podem contar com o suporte de servidores do próprio Senado Federal para a elaboração de pareceres, projetos de lei e discursos.
De acordo com os dados da Transparência do Senado, consultados pelo Mais Goiás, Vanderlan Cardoso registrou em 2024, R$ 149.099,19 de despesas relacionadas à Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP) em 2024. Os principais gastos incluem aluguel de imóveis para escritório político (R$101.292,72) e despesas com locomoção, hospedagem, alimentação e combustíveis (R$42.325,39). Vanderlan também abriu mão de auxílio-moradia e utiliza o imóvel funcional disponibilizado pelo Senado Federal.
Por Mais Goiás
