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Governo estuda implementar rede de abastecimento popular para diminuir preço dos alimentos

de admin

Ideia é garantir produtos mais acessíveis em regiões carentes e deve ser apresentada a Lula nesta sexta-feira

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva estuda uma rede de abastecimento popular para regiões periféricas onde o preço dos alimentos é avaliado como alto. A ideia é diminuir a distância da produção de alimentos e levá-los para as redes mais afastadas, apurou o Estadão/Broadcast. Segundo interlocutores, há estimativa de necessidade de R$ 1,2 bilhão de orçamento para o projeto.

A ideia do governo é garantir alimentos mais acessíveis em regiões carentes. O primeiro passo é fazer um diagnóstico sobre as regiões onde a população mais pobre paga preços caros a alimentos.

Segundo apurou a reportagem, a proposta foi apresentada pelo presidente da Conab, Edegar Pretto, nesta semana e já tem aval do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Porém, ainda espera aprovação do Ministério da Fazenda e do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Há expectativa de que a ideia seja apresentada a Lula amanhã em uma reunião prevista para 9h30.

Inflação dos alimentos tem preocupado o presidente Lula, que abordou o assunto em reunião ministerial.
Inflação dos alimentos tem preocupado o presidente Lula, que abordou o assunto em reunião ministerial. Foto: Wilton Junior/Estadão

Ainda não há definição de quais alimentos poderão ser ofertados na rede popular e sobre subsídios para garantir esses preços mais baixos. Técnicos do governo ouvidos pelo Estadão/Broadcast, no entanto, afirmam que não há discussão sobre subsídios a alimentos em curso.

O programa fará parte da Política Nacional de Abastecimento Alimentar, que foi lançada em outubro do ano passado. Em 2024, o governo optou por medida semelhante envolvendo o arroz. Na época, a gestão federal queria importar até 1 milhão de toneladas do produto para vender diretamente em mercados do País, com rótulo próprio e preços subsidiados.

O presidente da Conab, Edegar Pretto, participa hoje em Belém (PA) de agendas para as tratativas das redes populares de abastecimento. A ideia é iniciar o projeto pela capital paraense, sede da COP-30, como um piloto do programa.

“Nossa missão aqui em Belém é garantir o abastecimento. Dois terços da população em Belém estão nas regiões periféricas da cidade e boa parte não encontra alimentos básicos perto de suas casas. Queremos e vamos fazer esforço de garantir para a população que não falte comida de verdade”, disse Pretto em vídeo divulgado nas redes sociais. “Certamente que sairá aqui do Pará um belo modelo de abastecimento de comida saudável à população mais carente”, afirmou.

Nesta quinta-feira, 23, os ministros da Casa Civil, Rui Costa, da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, além do secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Guilherme Mello, se reuniram para discutir medidas do governo para barateamento dos preços dos alimentos.

Cobrança de Lula

Nesta sexta-feira, os ministros apresentarão a Lula as medidas que foram debatidas hoje. A expectativa de é que o encontro aconteça na parte da manhã. Paulo Teixeira afirmou que as propostas para o barateamento serão anunciadas pelo presidente.

O tema cresceu no governo nos últimos dias após o presidente Lula cobrar dos ministros resposta imediata pelos preços elevados dos alimentos na reunião ministerial de segunda-feira, 20. A cobrança de Lula ocorre em meio à inflação resistente dos alimentos, observada em 2024 e que deve persistir neste ano. Carnes, açúcar e café devem pressionar a inflação dos alimentos, enquanto a maior safra de grãos pode aliviar o movimento inflacionário.

Ontem, Rui Costa afirmou que terá conversas com MDA, Agricultura e Fazenda “para buscar um conjunto de intervenções que sinalizem para o barateamento dos alimentos”. A Casa Civil negou que esteja em discussão intervenção de forma artificial para reduzir preço dos alimentos.

“O governo irá discutir com os ministérios e produtores de alimentos as medidas que poderão ser implementadas”, afirmou a assessoria da pasta. Depois, o próprio ministro se corrigiu e falou em medidas para barateamento.

Por Estadão


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