Novo ministro de Lula defende responsabilidade igual para big techs e mídia – Blog Folha do Comercio
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Novo ministro de Lula defende responsabilidade igual para big techs e mídia

de admin

Governo Lula faz reunião para tratar de ação contra a Meta de Mark Zuckerberg

A participação do publicitário Sidônio Palmeira na primeira reunião oficial realizada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, depois de seu anúncio como próximo ministro da Secretaria de Comunicação Social (Secom), foi discreta e teve uma defesa dos meios de comunicação tradicionais em contraste com as big techs.

Sidônio teve conversas com Lula nos últimos dias, mas só nesta sexta-feira, 10, apareceu na agenda oficial do petista. Ele estava na reunião do presidente com outras autoridades do governo para discutir a decisão da Meta, dona do Facebook, do Instagram e do Whatsapp, de encerrar a moderação de conteúdo nos Estados Unidos. O governo brasileiro decidiu interpelar a companhia para saber se ela pretende tomar medida semelhante no Brasil.

Lula e o novo ministro da Secom, Sidônio Palmeira, se reuniram para tratar da Meta. Foto: Ricardo Stuckert/ Presidência da República
Lula e o novo ministro da Secom, Sidônio Palmeira, se reuniram para tratar da Meta. Foto: Ricardo Stuckert/ Presidência da República Foto: Ricardo Stuckert/Presidv™ncia da Repv?blica

Segundo apurou o Estadão/Broadcast, o próximo ministro da Secom defendeu a equiparação de responsabilidades entre as big techs e a imprensa tradicional. Essa é uma discussão mundial: jornais, sites e emissoras de televisões podem ser processados pelo que publicam, enquanto as redes sociais tentam se isentar desse tipo de responsabilização sob o argumento de que quem produz o conteúdo são os usuários.

Como o ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse em entrevista a jornalistas depois da reunião, Lula avalia a regulação das redes sociais como um caso de soberania nacional. A decisão da Meta foi uma forma de o fundador da empresa, Mark Zuckerberg, aproximar a companhia do futuro presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Integrantes do governo avaliam que movimentos semelhantes de big techs, como as mudanças promovidas pelo X, antigo Twitter, pelo bilionário Elon Musk, já não são ações só em busca de lucro. Haveria um alinhamento político com um projeto de poder, segundo essa análise. A expectativa das fontes ouvidas pela reportagem é que a Meta queira aplicar também no Brasil e em outros países o fim da checagem de fatos.

O anúncio da troca no comando da Secom foi na terça-feira, 7. O petista Paulo Pimenta, que formalmente ainda é ministro, mas, na prática, já deixou o cargo, teve uma reunião com Lula naquele dia pela manhã. Horas depois, comunicou, ao lado de Sidônio, que a pasta passaria a ser comandada pelo publicitário.

Por Estadão


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