Nova cepa, chamada de clado 1b, começou a se espalhar a partir da África e já foi identificada na Europa e nos Estados Unidos
A China detectou pela primeira vez casos da nova cepa do vírus mpox (antes chamado de varíola dos macacos), à medida que o patógeno se espalha para mais áreas depois de a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar o surto na África uma nova emergência de saúde global, no ano passado.
O Centro para Controle e Prevenção de Doenças da China disse nesta quinta-feira, 9, que encontrou um agrupamento da nova cepa de mpox, conhecida como clado Ib, e identificou que o primeiro infectado foi um cidadão estrangeiro que esteve na República Democrática do Congo.
Outros quatro casos foram identificados entre pessoas que tiveram contato próximo com a fonte, disse o CDC da China, sem identificar o local do surto. Autoridades em Zhejiang, Guangdong, Pequim, Tianjin e outras províncias lançaram um mecanismo de prevenção e controle conjunto para realizar rastreamento epidemiológico, investigação de risco, diagnóstico e tratamento de casos.
Os sintomas dos pacientes são leves, incluindo erupções cutâneas e bolhas, disse o CDC. Os pacientes e outros que correm risco de infecção estão recebendo tratamento médico ou estão sob observação.
A nova cepa tem se espalhado por vários países africanos, afetando principalmente crianças e adolescentes. As infecções se espalharam da África para outros continentes, incluindo Europa e América do Norte.
Os Estados Unidos relataram seu primeiro caso em novembro, mas tranquilizaram o público informando que o risco permanecia “muito baixo”. Na Ásia, a variante também foi detectada em países como Tailândia e Índia.
Diferentemente da cepa anterior, mais leve, que eclodiu em 2022 e se espalhou principalmente por meio de homens que fazem sexo com homens, a variante atual está se espalhando através de todo tipo de atividade sexual e outros contatos físicos próximos.
Países asiáticos, incluindo Índia e Paquistão, intensificaram a vigilância. Viajantes de países afetados estavam sendo solicitados a reportar possíveis sintomas e os hospitais estavam em alerta para casos suspeitos.
Após a OMS elevar os níveis de alerta sobre mpox, a China começou a pedir aos viajantes de regiões afetadas, àqueles que estiveram em contato com pacientes com mpox ou indivíduos com sintomas que relatassem aos oficiais de alfândega na entrada, onde poderiam ser submetidos a testes.
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Por Estadão
