Empresária desapareceu após chamar prestador de serviço para acompanhá-la para atender cliente em Aparecida
Responderá inicialmente por homicídio qualificado o homem de 44 anos que foi preso na terça-feira (7/1), em flagrante, acusado de matar uma empresária, para quem prestava serviços, em Aparecida de Goiânia. O depoimento do indiciado, e câmeras de segurança que registraram o carro da vítima circulando pela cidade no momento em que ela era levada no banco traseiro, ajudaram a polícia a entender a dinâmica do crime.
Dona de uma loja de parabrisas localizada na Avenida São Paulo, na Vila Brasília, em Aparecida de Goiânia, Maria Conceição dos Santos, que tinha 74 anos, desapareceu na tarde de segunda-feira (6/1) após chamar um prestador de serviços para que fosse com ela fazer um orçamento para um cliente. O corpo da empresária encontrado no dia seguinte, dentro do Fiat Uno pertencente à ela, abandonado em um parque no Residencial Maria Inês, também em Aparecida. O local fica distante três quilômetros do estabelecimento da vítima.
Durante o interrogatório, Davi Pereira da Silva, de 44 anos, contou que na segunda-feira à tarde foi chamado pela empresária, para quem prestava serviço há 20 anos, para ir com ela até a casa de um cliente. “Tive um surto, só lembro que agarrei no pescoço dela por trás, a fiz desmaiar, coloquei o corpo no carro, e saí, mas no meio do caminho ela acordou, começou a gritar e abriu a porta, eu tive que parar, a empurrei para dentro, e continuei”, descreveu o indiciado para o delegado Rogério Bicalho, do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH), de Aparecida de Goiânia.
Sem demonstrar arrependimento, Davi Pereira disse também que no momento em que Maria Inês acordou novamente, e o agarrou, sacou uma faca que tinha em um dos bolsos, e a golpeou no pescoço. Quando viu que a empresária tinha morrido, ele abandonou o carro com o corpo dela no parque, caminhou por alguns quarteirões a pé, e solicitou um carro por aplicativo para que o levasse até a casa de um irmão, no Setor Serra Dourada. Foi na casa deste parente que o suspeito acabou preso, no dia seguinte, pela Polícia Militar.
Imagens de câmeras de segurança obtidas pela polícia registraram o momento em que a vítima abriu a porta traseira do carro, e também quando o motorista parou o veículo, a empurrou, e continuou dirigindo. Apesar de ter sido autuado por homicídio, a polícia não descarta a possibilidade de indiciar Davi por latrocínio (roubo seguido de morte), caso seja comprovado que ele matou a empresária para roubar dinheiro dela.
Localizado ao lado do corpo da vítima, o celular de Maria Conceição estava com a tela travada no aplicativo de um banco, o que pode indicar que o assassino tentou realizar alguma transferência bancária, antes, ou após matá-la. Davi Pereira já tinha um mandado de prisão em aberto, por um homicídio praticado em 2021, em Goiânia, durante uma desavença com usuários de drogas.
De acordo com o delegado que investiga o caso, o suspeito ainda não constituiu nenhum advogado para defendê-lo.
Por Mais Goiás