Presidente do Sindcoletivo afirma que, caso a medida passe a valer, irá procurar os órgãos competentes para tentar proibi-la
Está marcada para a próxima segunda-feira (6) a medida que autoriza motos a circularem nos corredores exclusivos de ônibus, em Goiânia. Para o presidente do Sindicato Intermunicipal dos Trabalhadores no Transporte Coletivo Urbano de Goiânia e Região Metropolitana (Sindcoletivo), Carlos Alberto Luiz dos Santos, a promessa de campanha é uma “receita fadada ao fracasso”.
Durante a campanha, o prefeito Sandro Mabel (União Brasil) fez o compromisso de implementar a medida no começo do mandato. Segundo ele, o corredor de ônibus fica ocioso na maior parte do tempo. O projeto, contudo, ainda não deve ser implementado na Avenida Anhanguera e no BRT. Nesses casos, são necessárias adequações, conforme o gestor. “O BRT, por exemplo, tem poucas saídas.”
O presidente do Sindcoletivo, entretanto, afirma se tratar de um “péssimo negócio”. “Tão logo ele manifestou essa ideia, nos manifestamos contrários. As faixas exclusivas hoje já não são respeitadas e os ônibus têm muitos pontos cegos”, disse ao Mais Goiás ao apontar riscos.
“Imagine dividir um veículo de toneladas com outro de alguns quilos. Pode ser fatal para o motociclista. É uma receita fadada ao fracasso. Tragédia anunciada”, lembra que são pouco mais de mim ônibus e mais de 500 mil motocicletas na cidade.
Carlos Alberto explica, ainda, que as avenidas de Goiânia têm mais de 50 anos e foram pensadas, originalmente, para faixas duplas. “Não são adaptadas para três, por isso mal cabem os ônibus.” Ele argumenta que já há muito estresse, uma vez que os condutores do transporte coletivo são frequentemente ofendidos no trânsito.
Sobre as faixas ficarem ociosas, como disse Sandro Mabel, ele lembra que táxis já ocupam as vias e é permitido aos carros entrarem na quadra que farão a conversão. Por fim, ele afirma que, caso a medida passe a valer, irá procurar os órgãos competentes para tentar proibi-la.
Por Mais Goiás