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O que é o alistamento militar feminino voluntário que começa em 2025

de admin

São 1.465 vagas para mulheres que completam 18 anos

O processo de alistamento militar voluntário feminino teve início nesta quarta-feira, 1º de janeiro, e segue até 30 de junho, com a oferta 1.465 vagas às mulheres que completam 18 anos de idade em 2025.

A primeira fase é o alistamento, que pode ser feito de forma online ou presencial, em uma Junta de Serviço Militar, nos 28 municípios contemplados (veja lista abaixo). As interessadas podem escolher a Força em que desejam ingressar: Exército, Marinha ou Aeronáutica.

É levada em conta a disponibilidade de vagas, a aptidão da candidata e a especificidade exigida pela Força Militar escolhida.

O alistamento militar feminino é voluntário e pode ser feito até o dia 30 de junho
O alistamento militar feminino é voluntário e pode ser feito até o dia 30 de junho Foto: Exército Brasileiro/Exército Brasileiro

Em seguida, as alistadas que atendem aos critérios das Forças Armadas realizam testes físicos e inspeções de saúde, incluindo exames clínicos e laboratoriais. As candidatas que não comparecerem à seleção serão consideradas desistentes.

As selecionadas serão incorporadas no serviço militar no 1º ou 2º semestre de 2026 (de 2 a 6 de março ou de 3 a 7 de agosto), ocupando a graduação de soldado ou marinheiro-recruta, no caso da Marinha. Essa é a etapa limite em que é possível manifestar o desejo pela desistência – a partir de então, o serviço militar passa a ter caráter obrigatório.

Assim como no alistamento masculino, o serviço militar feminino tem duração de 12 meses, podendo ser prorrogado por até oito anos. Após o desligamento, as voluntárias vão para a reserva não remunerada.

A iniciativa abrange os municípios de: Águas Lindas de Goiás (GO), Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Canoas (RS), Cidade Ocidental (GO), Corumbá (MS), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Formosa (GO), Fortaleza (CE), Guaratinguetá (SP), Juiz de Fora (MG), Ladário (MS), Lagoa Santa (MG), Luziânia (GO), Manaus (AM), Novo Gama (GO), Pirassununga (SP), Planaltina (GO), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Santa Maria (RS), Santo Antônio do Descoberto (GO), São Paulo (SP) e Valparaíso de Goiás (GO).

As Forças Armadas têm 37 mil mulheres, cerca de 10% do efetivo. Hoje, as mulheres atuam principalmente nas áreas de saúde, ensino e logística ou têm acesso à área combatente por meio de concursos específicos em estabelecimentos de ensino, como o Colégio Naval, da Marinha, a Escola Preparatória de Cadetes do Exército e a Escola Preparatória de Cadetes do Ar, da Aeronáutica.

O decreto com as regras para o alistamento militar feminino foi publicado em agosto de 2024 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da Defesa José Múcio, que encomendou um estudo de viabilidade e, posteriormente, pediu a regulamentação do processo. Até então, mulheres só eram admitidas nas Forças Armadas por meio dos cursos de formação de suboficiais e oficiais, que exigem qualificação no ensino superior.

A meta das Forças Armadas é dobrar a participação de mulheres entre seus quadros nos próximos dez anos – passando de 10,52% para 20%.

Por Estadão


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