O prefeito eleito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil), demonstrou confiança de que o atual prefeito, Rogério Cruz (Solidariedade), sancionará o projeto que institui a taxa do lixo, aprovada pela Câmara Municipal na última quarta-feira (18/12). Durante coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (19/12), após sua diplomação, Mabel destacou que a sanção é uma obrigação legal que não deve ser postergada.
“Existe uma obrigação do Executivo de instituir a taxa do lixo, está na lei. Então, ele [Rogério Cruz] vai sancionar a [taxa do lixo] e estar cumprindo o que a lei determina. Se ele não sancionar a tempo, ele vai passar com uma obrigação descoberta, inclusive com a possibilidade de ser imputado a perda dessa receita no próximo ano”, afirmou Mabel.
Mabel sobre taxa do lixo: medida ‘impopular’ vai manter cidade limpa
O prefeito eleito também comentou sobre os desafios de implementar uma medida considerada impopular, mas reforçou que a cobrança será essencial para manter a cidade limpa e bem cuidada. No momento da coletiva, manifestantes estavam na porta do local onde a diplomação acontecia, protestando contra a medida.
“A popularidade não pode ser medida só pela taxa ou não. A população vai entender, a hora que ela ver a rua limpa, o lixo sendo recolhido na porta da casa dela. Agora, a taxa não é do jeito que poderia ser cobrada. Eu poderia cobrar quatro vezes mais do que será cobrado, mas estou estipulando o que é justo, considerando a eficiência que queremos alcançar na gestão”, explicou.
Mabel mencionou que parte da taxa ainda será subsidiada pelo município até que a Comurg e outras operações relacionadas ao manejo de resíduos ganhem maior eficiência. “A cidade limpa, a pessoa não liga de pagar. O problema é pagar e ver a cidade suja, com buracos, canteiros mal arrumados. Mas nós vamos mudar isso em pouco tempo”.
Decretos de calamidade
Durante a coletiva, Mabel também reforçou o que foi adiantado pelo Mais Goiás, que no primeiro dia de seu mandato, decretará calamidade financeira e na saúde. Ele destacou a situação crítica do caixa municipal e as dificuldades enfrentadas pelo sistema de saúde pública.
“Vamos decretar calamidade financeira e na saúde para tomar providências urgentes. Temos uma dívida enorme com saúde, falta de recursos para ambulâncias, remédios e UTIs. Com o decreto, esperamos mobilizar apoio dos governos estadual e federal para superar esse cenário”, afirmou.
Reforma administrativa
Sobre a reforma administrativa, Mabel confirmou que espera aprová-la ainda neste ano. “Apresentamos uma reforma que adequa o município para uma gestão mais ágil e eficiente. Por exemplo, o licenciamento e os alvarás estarão concentrados em uma única secretaria, eliminando a burocracia que atrapalha a cidade”, ressaltou.
Por Mais Goiás