Rapper é acusado, ao lado de P. Diddy, de ter estuprado uma garota de 13 anos em 2000
A mulher que acusa os rappers Jay-Z e P. Diddy de tê-la estuprado em 2000, quando tinha 13 anos, reconheceu algumas inconsistências em seu depoimento. Ao canal de TV norte-americano NBC News, a suposta vítima — que não teve sua identidade revelada ao público — afirmou que talvez tenha cometido alguns erros na identificação dos envolvidos no crime.
“Nem todos os rostos estão claros”, confessou a mulher em uma entrevista na última sexta-feira, 13. Segundo as alegações, ela foi levada de limusine até uma festa em Nova York. Lá, foi drogada com uma bebida adulterada e sofreu um ataque sexual dos músicos. Apesar de algumas inconsistências, a defesa dela afirma que as acusações não são falsas.
O rapper Jay-Z nega as acusações de estupro e diz que provará sua inocência na justiça. Foto: Michael Tran/AFP
Entre as incoerências da narrativa, o que chama mais atenção é a forma como a vítima retornou até sua casa após a festa. A mulher afirma que seu pai a buscou no local de carro, mas ele diz não se lembrar do ocorrido. Ela ainda diz que conversou com uma celebridade sobre o ataque, mas tal famoso afirmou que não estava em Nova York naquela noite.
Por fim, existem fotos que mostram que Jay-Z e P. Diddy estavam em locais diferentes do apontado pela mulher na noite do suposto crime. As imagens, no entanto, foram feitas em Nova York e não indicam que os rappers passaram a noite toda no mesmo lugar.
“Isso nunca aconteceu”, disse Shawn Carter — nome verdadeiro de Jay-Z — à NBC News. “E, ainda assim, ele levou ao tribunal e divulgou na imprensa”, acrescentou, referindo-se a um dos advogados da mulher, Tony Buzbee. “A verdadeira justiça está chegando. Lutamos a partir da vitória, não por vitória. Isso já acabou antes de começar”, ressaltou o músico, que nega as acusações e se declara inocente do ocorrido.
“Nossa cliente continua convicta de que o que afirmou é verdade, segundo a sua própria memória. Continuaremos a investigar suas alegações e a coletar provas”, afirmou o advogado Tony Buzbee a reportagem. “O processo tem sido extremamente angustiante para ela, a ponto dela ter sofrido convulsões e precisar de tratamento médico devido ao estresse”.
Por Estadão