Na manhã de hoje, o general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e ex-candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, foi preso pela Polícia Federal em uma operação que investiga sua suposta participação em uma conspiração para derrubar o governo democraticamente eleito.
A prisão ocorreu em sua residência no Rio de Janeiro e faz parte de uma investigação que apura o envolvimento de militares e ex-integrantes do governo em uma trama para invalidar os resultados das eleições de 2022 e instaurar um regime de exceção. Braga Netto é apontado como uma figura central nas articulações, que teriam incluído reuniões secretas, pressão sobre membros das Forças Armadas e a tentativa de instrumentalizar instituições públicas para desestabilizar o atual governo.
De acordo com fontes ligadas ao caso, a operação foi desencadeada após a obtenção de novas provas, incluindo mensagens, gravações e documentos que supostamente confirmam o envolvimento de Braga Netto em ações para organizar atos antidemocráticos. Além disso, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em outros endereços ligados a pessoas próximas ao general.
Braga Netto foi conduzido à sede da Superintendência da PF, onde permanece detido. Seus advogados ainda não emitiram declarações, mas especula-se que devem alegar perseguição política e entrar com pedidos para reverter a prisão preventiva.
O caso repercutiu rapidamente no meio político. Parlamentares de oposição celebraram a ação como um passo importante para a defesa da democracia, enquanto aliados de Braga Netto e do ex-presidente Jair Bolsonaro classificaram a prisão como uma tentativa de enfraquecer a direita política no Brasil.
O Ministério Público Federal informou que os desdobramentos da operação serão revelados nos próximos dias, incluindo detalhes sobre outros possíveis envolvidos na suposta conspiração. A prisão de Braga Netto marca um momento crítico para o país e coloca novamente em evidência as tensões em torno do papel das Forças Armadas na política nacional.
