Marcela Luise de Souza, de 31, morreu em maio deste ano em um hospital em Aparecida de Goiânia. Ao chegar na unidade de saúde, o fisiculturista disse que a esposa caiu quando limpava a casa, mas médicos desconfiaram dos hematomas e chamaram a polícia
O fisiculturista Igor Porto Galvão, de 32 anos, vai a júri acusado de agredir e matar a esposa, em Aparecida de Goiânia. O crime aconteceu em maio deste ano e vitimou Marcela Luise de Souza, de 31 anos. A decisão que mandou o réu a julgamento foi proferida pelo juiz Leonardo Fleury Curado Dias, da 1ª Vara Criminal dos Crimes Dolosos Contra a Vida. A defesa de Igor já entrou com pedido de recurso.
Ainda em maio deste ano, a Justiça aceitou a denúncia e tornou o fisiculturista réu pela morte da dona de casa Marcela Luise de Souza. A investigação foi concluída no mesmo mês pela Polícia Civil, ocasião em que ele foi indiciado por feminicídio.
Marcela teve múltiplas fraturas pelo corpo. Ela morreu dez dias após ser internada em estado gravíssimo em um hospital de Aparecida em decorrência de traumatismo craniano.
A decisão de mandar o fisiculturista a julgamento acatou pedido do Ministério Público (MPGO). O órgão afirmou que Igor cometeu o crime por meio cruel, que impossibilitou a defesa da vítima. Além disso, apontou feminicídio, pois, segundo o MP, o crime contra a companheira teria ocorrido por razões da condição de sexo feminino.
Em nota, à época, a defesa do acusado disse que não se surpreendeu com a decisão da Justiça em acatar a denúncia. Afirmou, ainda, que acredita na instrução criminal e que demonstrará que os fatos não ocorreram conforme narrados pela acusação.
Caso
Marcela foi internada em 10 de maio em um hospital particular de Aparecida de Goiânia, onde foi levada pelo próprio companheiro, e morreu dez dias depois, em decorrência de várias lesões no corpo. Quando chegou na unidade, o fisiculturista afirmou que a esposa tinha se machucado após cair com a cabeça no chão, enquanto limpava a casa.
Os médicos que a atenderam, porém, decidiram acionar a polícia após constatarem que a mulher tinha vários hematomas não condizentes com uma queda, como, por exemplo, traumatismo craniano dos dois lados da cabeça e na base do cérebro, além de fraturas na clavícula e em oito costelas.
Com as provas em mãos, a Polícia Civil solicitou e a justiça decretou a prisão temporária do fisiculturista, que foi preso alguns dias depois da internação da mulher. Durante audiência de custódia, Igor Porto Galvão teve sua prisão transformada em preventiva.
Por Mais Goiás