Crime ocorreu em Campinorte, no norte de Goiás, no sábado (30/11). Bebê de dois meses seria fruto de relação incestuosa entre pai e filha
A mãe suspeita de envolvimento na morte da própria filha, uma bebê de dois meses, foi liberada pela Justiça nesta segunda-feira (2/12) e deverá responder em liberdade. O crime ocorreu na madrugada de sábado (30/11), em Campinorte, no norte de Goiás. A polícia acredita que a criança seja fruto de uma relação incestuosa entre pai e filha.
A informação foi confirmada pelo delegado Peterson Amin, que conduz as investigações. “Já solicitamos exames de DNA para comprovar a paternidade e a relação incestuosa do casal. Tivemos a audiência de custódia, e mesmo com o parecer favorável do Ministério Público para decretar a prisão preventiva, o Poder Judiciário concedeu liberdade provisória a suspeita. Ela já está em casa e teve a guarda da outra filha, de 5 anos, restabelecida. Continuaremos acompanhando o caso e finalizando o inquérito policial”, afirmou.
Incesto e morte violenta
As investigações apontaram que a bebê de dois meses era fruto da relação entre a mãe da criança e o pai dela, identificado como Inácio José Neto. Segundo a Polícia Civil, Inácio era foragido da Justiça por um feminicídio cometido contra a ex-mulher na Bahia e usava uma identidade falsa.
A criança foi levada ao hospital municipal de Campinorte já morta. A mãe relatou que a menina havia se engasgado, mas a equipe médica encontrou hematomas suspeitos pelo corpo da vítima e acionou a polícia. A análise pericial confirmou que a causa da morte foi uma ação violenta, contradizendo o relato inicial da mulher.
Câmeras de segurança do hospital mostraram que a mãe estava acompanhada de um homem quando chegou com a bebê. Inicialmente, ela afirmou que ele era um primo, mas as investigações revelaram que ele era pai biológico e avô da criança, além de ser o pai da suspeita.
Confronto e morte do suspeito
Inácio foi encontrado em uma chácara na zona rural de Campinorte. Durante a tentativa de prisão, ele resistiu e trocou tiros com os policiais, foi alvejado e morto no local. A mãe da bebê foi presa em flagrante, mas teve sua prisão revertida para liberdade provisória após a audiência de custódia.
As investigações continuam para esclarecer mais detalhes sobre o caso e apurar responsabilidades. A Polícia Civil também aguarda os resultados dos exames de DNA que podem confirmar definitivamente a paternidade da bebê e a relação incestuosa entre os envolvidos.
Por Mais Goiás