Embaixador de Israel nos EUA diz que cessar-fogo com Hezbollah deve ser concluído ‘em alguns dias’ – Blog Folha do Comercio
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Embaixador de Israel nos EUA diz que cessar-fogo com Hezbollah deve ser concluído ‘em alguns dias’

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Governo de Israel exige direito de retomar ataques se Hezbollah não cumprir acordo; tropas se retirariam do sul do Líbano

O embaixador de Israel em Washington, Mike Herzog, disse que um acordo de cessar-fogo para o conflito com a milícia radical xiita Hezbollah, baseada no Líbano, deve ser concluído “dentro de alguns dias”. Segundo Herzog, alguns pontos ainda estão em negociação e necessitam da aprovação dos governos israelense e libanês.

O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, deve se reunir nesta terça-feira, 25, para discutir a proposta. O acordo busca a retirada do Hezbollah e das tropas israelenses do sul do Líbano.

Segundo autoridades israelenses, Israel busca a garantia de que os militantes do Hezbollah não irão atuar ao sul do rio Litani, que corta o Líbano. Essa zona fica mais próxima da fronteira Israel-Líbano e é utilizada pela milícia para atacar o território israelense.

Imagem de 15 de novembro mostra fumaça em torno de Beirute causado por um ataque aéreo de Israel contra edifícios residenciais
Imagem de 15 de novembro mostra fumaça em torno de Beirute causado por um ataque aéreo de Israel contra edifícios residenciais Foto: Fadel Itani/AFP

Entre as questões em aberto, está uma demanda israelense de se reservar o direito de agir caso o Hezbollah viole as obrigações. O governo do Líbano, no entanto, rejeita essa ideia.

A exigência de Israel é uma resposta aos erros da resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU, que encerrou a guerra Israel-Hezbollah de 2006 com a garantia de que a milícia seria desarmada. Essa resolução nunca foi cumprida.

Os dois estão em conflito desde 8 de outubro do ano passado, quando o Hezbollah fez ataques a Israel em apoio ao grupo terrorista Hamas, que havia invadido o sul de Israel no dia anterior no pior ataque a judeus desde o Holocausto. A situação piorou em setembro, depois de Israel realizar uma série de ataques aéreos e invadir o Líbano.

A invasão das tropas israelenses resultou na destruição de bases militares do Hezbollah e na morte de militantes, mas também houve ataques às forças de paz da ONU no Líbano, conhecidas como Unifil. O ataque foi criticado pela ONU, que criou a Unifil após a primeira invasão de Israel ao Líbano, em 1975, com o propósito de restaurar a paz.

Apesar das hostilidades contra a Unifil, as negociações de cessar-fogo não incluem a missão de paz.

Enquanto o acordo não é concretizado, os conflitos continuam. Na semana passada, os combatentes do Hezbollah mataram um soldado israelense e um civil de 70 anos que havia entrado com as tropas no Líbano. Na madrugada desta segunda-feira, o Hezbollah enviou 40 mísseis contra o território de Israel, segundo o Exército israelense.

Na Faixa de Gaza, mais de 44 mil pessoas foram mortas e mais de 104 mil ficaram feridas na guerra de 13 meses entre Israel e o Hamas, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza.

Por Estadão


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