Fontes do Palácio das Esmeraldas revelam à coluna que a decisão do governador Ronaldo Caiado (UB) de atribuir ao vice-governador de Goiás, Daniel Vilela (MDB), a missão de ser o interlocutor entre prefeitos e o governo do estado foi alicerçada no papel que o líder emedebista desempenhou nas eleições municipais deste ano. E, claro, também tem como alvo a disputa pelo executivo goiano em 2026.
Em 2024, Daniel percorreu dezenas de municípios goianos para participar de atividades de campanha de candidatos a prefeito do MDB, União Brasil e de outras legendas governistas. Com uma agenda intensa no interior, focado e extremamente empenhado na vitória de aliados, o vice-governador já tratava ali do trabalho conjunto que seria desempenhado entre governo e prefeituras a partir de 2025, principalmente em áreas estratégicas para a população, como moradias populares, infraestrutura e educação.
De perfil diplomático e solícito, Daniel, desde que assumiu o posto de número 2 do executivo estadual, também sempre destacou em eventos públicos que o gabinete dele estava à disposição dos prefeitos. E assim tem sido feito: não raro, o gabinete no 4º andar do Palácio Pedro Ludovico Teixeira segue movimentado e o obriga a despachar até altas horas da noite.
A soma dos fatos listados acima com a candidatura natural do vice-governador, em 2026, à sucessão de Caiado, não deu outra: fez com que o governador batesse o martelo e criasse este cenário em que Daniel e os prefeitos, a partir de agora, ficarão ainda mais próximos. Vale lembrar que são estes gestores que formarão a principal tropa de choque para, daqui a menos de dois anos, tentarem conduzi-lo ao cargo de governador de Goiás.
Por Mais Goiás